Integrantes defendem que migrar para
uma legenda já existente confrontaria ideais defendidos pelo grupo.
Integrantes
da Executiva Nacional provisória da Rede Sustentabilidade defendem que Marina
Silva desista da candidatura à Presidência caso o partido não consiga o
registro no Tribunal Superior Eleitoral. Migrar para uma legenda já existente,
avaliam, confrontaria todos os ideais defendidos pelo grupo até agora.
"O
nosso sonho é ter um espaço democrático, transparente e ético. Infelizmente, eu
não vejo esses ingredientes juntos em nenhuma outra legenda", diz
Jefferson Moura, vereador do Rio pelo PSOL que integra a comissão nacional da
sigla. "Se a Rede não sair, Marina deve ser candidata à Presidência em
2018."
O
deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), outro integrante do grupo, argumenta que,
depois de pregar a criação de um partido com compromisso programático, Marina
seria muito cobrada caso decidisse ir para outra sigla somente para disputar as
eleições. "Ela passaria a campanha toda tendo que se explicar. Ficaria
muito vulnerável."
Até
quem já se disse favorável à ideia, mudou o discurso, diante das diversas
declarações de Marina de que não trabalha com um "plano B". "No
início achava que ela deveria disputar, mesmo que fosse por outro partido.
Hoje, ela vai ter que fazer o que o coração dela pedir", diz Domingos
Dutra (PT-MA), também integrante da Executiva.
O
TSE deve julgar o pedido de registro de criação da Rede entre quarta e
quinta-feira. O prazo para criação de novos partidos a tempo de disputar a
eleição de 2014 é sábado, data limite para quem deseja se candidatar se filiar
a uma legenda.
A
expectativa em torno dessa decisão não seria tão grande se o grupo da
ex-senadora tivesse conseguido cumprir todos os requisitos exigidos pela
legislação. Até agora, validaram nos cartórios 470 mil assinaturas - o total
exigido por lei é 492 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Isadora Peron e Lilian Venturini)
Contilnet.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário