Estudante de
biologia da Ufac, Alana Manchineri, de 25 anos, é uma das condutores da Chama
Olímpica em Rio Branco (AC) e prepara manifestação contra PEC 215
Os povos da
floresta serão representados pela estudante Alana Keline Costa Silva
Manchineri, 25 anos, quando o Revezamento da Tocha Olímpica passar por Rio
Branco, capital do Acre, na terça-feira (21). Ela, que é do Povo Manchineri, do
município de Assis Brasil, a 342km da capital, cursa biologia na Universidade
Federal do Acre (Ufac) desde 2010 e é articuladora da Comissão Nacional da
Juventude Indígena.
Alana foi uma das
10 pessoas indicadas pela Prefeitura de Rio Branco para carregar a Chama
Olímpica. Os outros condutores foram escolhidos por patrocinados oficiais do
evento por meio de promoções. Ao todo, serão 120 condutores num percurso de
24km.
Como jovem,
indígena, aceitei o convite. Vou representar os povos indígenas, o respeito à
diversidade. Hoje, no Acre, existem pessoas qure não conhecem os povos
indígenas do estado e precisamos divulgar a nossa cultura. Mostrar que somos
indígenas contemporâneos, que podemos carregar a Tocha Olímpica e também
podemos nos manifestar - comentou Alana.
A estudante
também prepara uma manifestação a favor dos povos indígenas, que são contra a
Proposta de Emenda Constitucional (PEC 215). Atualmente, a Fundação Nacional do
Índio (Funai), o Ministério da Justiça e a Presidência da República tomam a
decisão sobre a demarcação das terras indígenas.
- Minha intenção,
durante o percurso da Tocha, é, após passar a Chama, carregar um cartaz dizendo
não à PEC 215, que é um projeto que visa transferir do poder executivo para o
legislativo (Congresso Nacional) a demarcação de terras indígenas. No momento,
é uma das pautas reivindicadas pelo movimento indígena nacional para que isso
não aconteça - concluiu.
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