quinta-feira, 16 de junho de 2016

Estudante indígenas é escolhida pra carregar tocha Olímpica no Acre.

Estudante de biologia da Ufac, Alana Manchineri, de 25 anos, é uma das condutores da Chama Olímpica em Rio Branco (AC) e prepara manifestação contra PEC 215

Os povos da floresta serão representados pela estudante Alana Keline Costa Silva Manchineri, 25 anos, quando o Revezamento da Tocha Olímpica passar por Rio Branco, capital do Acre, na terça-feira (21). Ela, que é do Povo Manchineri, do município de Assis Brasil, a 342km da capital, cursa biologia na Universidade Federal do Acre (Ufac) desde 2010 e é articuladora da Comissão Nacional da Juventude Indígena.

Alana foi uma das 10 pessoas indicadas pela Prefeitura de Rio Branco para carregar a Chama Olímpica. Os outros condutores foram escolhidos por patrocinados oficiais do evento por meio de promoções. Ao todo, serão 120 condutores num percurso de 24km.

Como jovem, indígena, aceitei o convite. Vou representar os povos indígenas, o respeito à diversidade. Hoje, no Acre, existem pessoas qure não conhecem os povos indígenas do estado e precisamos divulgar a nossa cultura. Mostrar que somos indígenas contemporâneos, que podemos carregar a Tocha Olímpica e também podemos nos manifestar - comentou Alana.

A estudante também prepara uma manifestação a favor dos povos indígenas, que são contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 215). Atualmente, a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Ministério da Justiça e a Presidência da República tomam a decisão sobre a demarcação das terras indígenas.

- Minha intenção, durante o percurso da Tocha, é, após passar a Chama, carregar um cartaz dizendo não à PEC 215, que é um projeto que visa transferir do poder executivo para o legislativo (Congresso Nacional) a demarcação de terras indígenas. No momento, é uma das pautas reivindicadas pelo movimento indígena nacional para que isso não aconteça - concluiu.
                                                      

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