sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Governador determina austeridade para equilibrar contas públicas.


Déficit orçamentário atual é de R$ 633 milhões. Ou seja, o estado gasta mais do que arrecada.

O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, determinou que a sua equipe econômica adote medidas austeras para o equilíbrio de contas, com resultados práticos para o saneamento da dívida pública, na manhã desta quinta-feira, 24.
De acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento, o déficit orçamentário do estado é hoje de R$ 633 milhões. Isso significa que o estado gasta mais do que arrecada, efetivamente.

Como medida para dar novo fôlego econômico à administração pública, o secretário de Planejamento, Raphael Bastos, sugeriu ao governador Gladson Cameli o contingenciamento de 15% das despesas pagas por meio da Fonte 100, um modalidade de recurso em que o gestor público pode usá-lo segundo as necessidades da pasta, por não ter vinculação específica de gastos com as diversas áreas do serviço público. 

Gladson Cameli obteve novo relatório sobre a situação financeira do estado que contém medidas austeras para equilibrar as contas públicas, sugeridas pelos secretários e que devem ser adotadas durante a gestão.

“A nossa população não pode pagar pelos erros do passado, e o meu compromisso é governar para todos. Por isso, estou determinando o corte de todos os gastos desnecessários, assim como já fizemos com a reforma administrativa, e vamos fazer todo o esforço possível para honrar com os nossos compromissos”, afirmou o governador.

Segundo a secretária da Fazenda, Semírames Dias, sem o empenho e o comprometimento da nova gestão em cortar gastos, o estado teria sérias dificuldades em arcar com os compromissos financeiros. E como exemplo, ela cita o pagamento do próximo 13º salário dos servidores públicos estaduais.
Comprometido com o futuro do Acre, Gladson Cameli ouviu atentamente às explicações sobre o panorama econômico e determinou que as medidas apresentadas pelos secretários sejam colocadas em prática o mais breve possível.

 Gladson lembrou o esforço realizado por meio da Reforma Administrativa, que trará uma economia anual aos cofres públicos de R$ 90 milhões. Estes recursos serão empregados em áreas prioritárias que beneficiam a população.
Além do governador Gladson Cameli, da secretária de Fazenda e do secretário de Planejamento, participaram da reunião a secretária de Gestão Administrativa, Maria Alice Araújo, e o chefe da Casa Civil, José Ribamar Trindade. O levantamento completo das finanças será também apresentado por Gladson Cameli à imprensa, na próxima segunda-feira, 28.



Texto: Wesley Moraes/Secom
Fotos: Odair Leal/Secom


sábado, 5 de janeiro de 2019

Na primeira visita ao interior, Gladson Cameli garante construção de nova ponte em Sena Madureira.



Sena Madureira foi a primeira cidade do interior do estado a receber o novo governador do Acre, Gladson Cameli. Comprometido com o futuro do município, ele garantiu empenho para levar investimentos que melhorem a vida da população.

“Essa primeira visita em Sena Madureira tem um significado muito especial. Nas eleições, a maior votação proporcional que tivemos no estado veio daqui. Isso significa que a população confiou em mim para fazer a verdade mudança. Agora, é hora de arregaçar as mangas e trabalhar. Nosso governo já deu certo”, pontuou o governador.

Gladson Cameli levou euforia para o bom público que o acompanhava na solenidade, ao anunciar a construção da tão sonhada segunda ponte sobre o rio Iaco. A obra é uma cobrança antiga dos moradores. Atualmente, apenas uma ponte faz a ligação entre os dois distritos da cidade.

“Sena Madureira cresceu demais. Precisa ter uma nova ponte para facilitar o acesso do primeiro e o segundo distritos. Tenham certeza, vou fazer um esforço pessoal para que essa obra saia do papel. E digo mais, essa ponte vai se chamar Orleir Cameli”, declarou, sob fortes aplausos.

O motivo da homenagem para o tio, segundo Gladson, é um reconhecimento a atenção dada por Orleir Cameli durante o período que governou o estado (1995-1998) ao município. Em 1997, Sena enfrentou uma das maiores enchentes da história. O esforço, na época, de Orleir foi fundamental para a reconstrução da cidade. Principalmente, a pavimentação de ruas.

Além do anúncio da construção da nova ponte, o governador fez a entrega de máquinas pesadas para a prefeitura de Sena Madureira. Entre retroescavadeiras, tratores, motoniveladoras, pás carregadeiras e minicarregadeiras, são 12 novos equipamentos. Investimento superior a R$ 1,1 milhão.


A aquisição do maquinário só foi possível graças ao esforço e empenho de Gladson Cameli, por meio de emendas parlamentares, quando ainda era senador da República e, também, do deputado federal Flaviano Melo(MDB).

O prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (MDB), destacou que nos últimos dois anos, Gladson Cameli destinou mais de R$ 6,3 milhões em verbas federais, somente para o munícipio. Serafim lembrou ainda da implantação da usina de asfalto, recurso também garantido por Cameli. Importantes investimentos que melhoraram a infraestrutura da cidade.

“Agora, Sena Madureira conta com um governador parceiro. Nossa cidade melhorou muito nos últimos anos e o Gladson tem uma grande parcela de contribuição em tudo isso. Somente com a usina de asfalto, já conseguimos pavimentar mais de seis quilômetros de ruas. Com essa união, quem ganha é a população do nosso município”, afirmou.

Visita ao Hospital João Câncio Fernandes
Durante a visita, Gladson Cameli conheceu as instalações do Hospital João Câncio Fernandes. O governador ouviu atentamente as reivindicações de usuários e dos profissionais da saúde.
Cameli prometeu empenho para resolver as demandas apresentadas e, também, apontou soluções.

“Além de fortalecer nossa rede pública, vamos dar condições de trabalho e comprar equipamentos para os hospitais. Isso vai desafogar toda a demanda que hoje temos concentrada em Rio Branco”, pontuou.

O novo governador lembrou do esforço da equipe de transição que elaborou a reforma administrativa que já está em vigor. Por ano, a economia será de R$ 90 milhões.
“É com esse recurso que vamos investir nas áreas que mais precisam. Como é o caso da saúde. Acabou o tempo em que o cidadão ia ao hospital e não tinha médico ou remédio. Também não vamos esquecer de reconhecer os nossos dedicados profissionais. São eles que atendem e cuidam da população que mais precisa”, afirmou.

Sena Madureira na história
Fundado em 25 de setembro de 1904, a cidade é uma das mais antigas do estado. Até 1920, período em que o Acre era território federal, foi a capital do Departamento do Alto Purus.
Atualmente, o município possui pouco mais de 45 mil habitantes. Sena Madureira é o maior município acreano em extensão territorial e o terceiro maior em população.

Fonte: Secom-Wesley Moraes. Fotos: Odair Leal

Polícias fazem revistas nos três maiores presídios do Acre e fecham cerco contra o crime organizado .



Os três maiores presídios do Acre foram alvos de uma megaoperação das polícias contra o crime organizado, nas primeiras horas desta sexta-feira, 4. Revistas nas celas apreenderam farta quantidade de celulares, estoques, bebidas alcoólicas e entorpecentes nas penitenciárias Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, no complexo penitenciário Manoel Nery, de Cruzeiro do Sul, e no complexo prisional do Quinari, em Senador Guiomard.

As ações são parte de um planejamento coordenado pela nova gestão da Secretaria de Estado de Segurança Pública, cujo objetivo maior é prevenir, desarticular e combater o crime organizado, dentro e fora dos presídios estaduais. 

Segundo o diretor presidente do Instituto de Administração Penitenciária, o Iapen, Lucas Bolzoni, em Rio Branco, a operação concentrou esforços no pavilhão "A", do Francisco de Oliveira Conde, onde estão alojados integrantes de uma organização criminosa com maior grau de perigo dentro da penitenciária. Para se ter ideia do problema, num espaço onde caberiam somente 190 detentos, existem hoje 700 presos.

"Trata-se de uma ação do Sistema Integrado de Segurança Pública com o objetivo de resgatar a sensação de segurança e evitando que presos tenham qualquer tipo de contato com o meio externo, provocando crimes ou tentando até mesmo fugir do sistema penitenciário”, afirmou Bolzoni.

Participaram da revista policiais militares, civis em cumprimento de mandados, homens do Corpo de Bombeiros, do Canil da Polícia Militar, do Batalhão de Operações Especiais, o Bope, e os próprios agentes penitenciários.

Fonte: Lília Camargo/Secom Fotos: Evandro Derze/Secom

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Bovespa fecha em alta no 1º pregão do ano, de olho em novo governo; Eletrobras dispara.


O novo ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia de transmissão de cargo, em Brasília — Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Ibovespa subiu 3,56%, a 91.012 pontos, renovando recorde de fechamento.

O principal indicador da bolsa brasileira, a B3, fechou em forte alta nesta quarta-feira (2), renovando recorde histórico, com os investidores monitorando os primeiros passos do novo governo. O mercado também digere os dados da economia internacional, mas neste pregão colocou em segundo plano a preocupação com uma desaceleração global.

O Ibovespa subiu 3,56%, a 91.012 pontos, renovando recorde de fechamento. Na máxima do dia, chegou a 91.478 pontos, batendo também o recorde intradia de 3 de dezembro (91.242 pontos) . Veja mais cotações.

O patamar mais alto de pontuação de fechamento também havia sido alcançado 3 de dezembro (89.820 pontos).
Já o dólar fechou em queda de 1,69% nesta quarta, vendido a R$ 3,8087, também repercutindo as as notícias sobre o primeiro dia do governo de Jair Bolsonaro, que tomou posse no dia anterior.

Ao longo desta quarta, ocorre a transmissão de cargos para os novos ministros, entre eles Paulo Guedes, novo ministro da Economia. No discurso de posse, Guedes disse que a Previdência Social, as privatizações e a simplificação de tributos são os "pilares da nova gestão".

"O mercado vai reagir pontualmente sempre que alguém (do novo governo) fizer declarações", disse à Reuters o operador de câmbio da Necton Corretora, José Carlos Amado.
Paulo Nepomuceno, estrategista-chefe da corretora Coinvalores, afirma que o ano começa com um certo otimismo com o novo governo de Jair Bolsonaro, após a posse presidencial. “A transição [entre governos] foi relativamente tranquila e agora, com as rédeas nas mãos, vamos saber o que o novo governo vai priorizar”, afirmou ao Valor Online.

Durante a posse, Bolsonaro disse que o governo fará “reformas estruturantes, que serão essenciais para a saúde financeira e sustentabilidade das contas públicas, transformando o cenário econômico e abrindo novas oportunidades”. Muitos investidores, no entanto, aguardam demonstrações mais concretas de que a equipe terá a habilidade necessária para viabilizar os projetos.

O economista chefe da Spinelli, André Perfeito, disse à Globonews que o que se vê no mercado "é um investidor local ainda muito encantado com a figura de Paulo Guedes e de Bolsonaro", enquanto o investidor estrangeiro ainda tenta entender quais serão as políticas efetivamente adotadas pelo novo governo.

Eletrobras dispara
O bom desempenho da bolsa foi ajudado pelos papéis da Eletrobras. As ações ordinárias da estatal subiram 20,72% e as preferenciais, 13,77%, no primeiro pregão após vender sua distribuidora Ceal (AL). O mercado também repercute a fala do novo ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque Júnior, que disse nesta quarta que dará prosseguimento ao processo de capitalização da Eletrobras. O processo, iniciado durante o governo do ex-presidente Michel Temer, previa a privatização da estatal por meio da emissão de ações.

Os investidores também reagiram ao noticiário do dia trazendo que a Odebrecht pagará cerca de R$ 161,9 milhões à elétrica após acordo relacionado à operação Lava Jato, e que o presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr., foi convidado pelo governo Bolsonaro para continuar no comando da estatal e disse que aceitou a oferta.
A Petrobras teve alta de 6,26% nas ações preferenciais e de 5,35% nas ordinárias. As ações do Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil também tiveram alta entre 4% e 6%, ajudando a puxar o Ibovespa para cima.

Cenário externo
No cenário internacional, os investidores reagem aos novos indicadores da economia chinesa que reforçam os sinais de desaceleração da economia global, destaca a Reuters. "Temores sobre uma desaceleração na China, em meio a tensões comerciais com os EUA, aumentaram nos últimos meses", destacou à agência o analista Jasper Lawler, do London Capital Group.
A atividade industrial da China contraiu pela primeira vez em 19 meses em dezembro, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit, divulgada nesta quarta.

Último pregão
No último pregão de 2018, o Ibovespa subiu 2,84%, aos 87.887 pontos. No ano, acumulou alta de 15%.

Fonte: G1.com

'Menina será princesa e menino, príncipe', diz a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Damares Alves discursa durante a solenidade de sua apresentação como nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e dos secretários da pasta, entre elas a indígena Sandra Terena, de cocar, que ficará responsável pela Secretaria da Igualdade Racial Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
BRASÍLIA - A nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta quarta-feira, em cerimônia que marcou o início de sua gestão, que no novo governo "menina será princesa e menino, príncipe", num aviso contra o que chamou de “doutrinação ideológica”. Ela também afirmou que sua pasta focará suas políticas públicas na vida “desde sua concepção”, reforçando sua posição contra o aborto.
— Neste governo, menina será princesa e menino será príncipe. Ninguém vai nos impedir de chamar as meninas de princesa e os meninos de príncipe. Vamos acabar com o abuso da doutrinação ideológica — afirmou.
Ela também fez um alerta aos pedófilos e contra o turismo sexual, pontuando que agora se inicia uma nova era: 

— Atenção pedófilos de plantão: a brincadeira acabou, Bolsonaro é presidente. 
Num discurso longo, de cerca de 45 minutos, Damares, que é pastora evangélica, começou dizendo estar ciente de que o Estado é laico, mas lembrou que é “terrivelmente cristã”:

— O estado é laico, mas essa ministra é terrivelmente cristã. Acredito nos desígnios de Deus. Damares apresentou sua equipe, que contará com oito secretarias, quatro delas comandadas por mulheres. Uma das secretárias será a indígena Sandra Terena, da etnia Terena. Ela sentou-se à mesa vestindo cocar, e ficará responsável pela Secretaria da Igualdade Racial. Outra secretária é surda, e ficará responsável pela Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência. 

A nova ministra lembrou que seu núcleo familiar se restringe a ela e sua filha adotiva indígena, e garantiu que toda forma de família será respeitada. Segundo a ministra, todas as políticas do presidente Bolsonaro terão como foco o fortalecimento do núcleo familiar.
— Nós não podemos mais pensar em política pública sem fortalecer o vínculo familiar — afirmou. 

Nesse sentido, ela citou os alunos universitários que passam no Enem, vão estudar em outros estados e ficam deprimidos com saudade de casa. Embora tenha elogiado o exame, não entrou em detalhes sobre uma possível mudança no Ensino Superior:

— Muitos sofrem por tristeza, dor, depressão, por saudade, porque o filho se muda por causa do Enem. Parabéns para o Enem, mas nos não podemos mais pensar em política pública que não fortaleça o vínculo familiar. 

Damares garantiu que os direitos LGBTs serão respeitados, e que o tema ficará na alçada da Secretaria de Proteção Global. A ministra se emocionou duas vezes durante sua fala. Lembrou dos tempos em que foi vítima de violência sexual, e reclamou de ter sido perseguida e ver sua fé transformada em motivo de chacota.

Damares também prometeu investigar todas as denúncias de violência contra a mulher que chegarem ao ministério. Segundo ela, gostaria que sua pasta fosse chamada de "ministério da vida e da alegria".

— E por falar em vida, eu falo em vida desde a concepção. Queria que nosso ministério fosse chamado de ministério da vida e da alegria, mas não pode. Se depender desse ministério, sangue inocente não será mais derramado — avisou. Damares também quase chorou quando falou da filha, que, segundo ela, “por recomendação”, não foi ao evento prestigiar a mãe por ter sido ameaçada de morte. 

— Já dormi na rua para proteger meninos e meninas de rua. Já caminhei com os perseguidos,  já apanhei da polícia. Queriam nos matar, disseram que iam nos matar. Por recomendação, minha filha não pode estar aqui. Te amo Lulu — declarou.

A ministra disse que "é uma ordem" que todos os funcionários do ministério aprendam em seis meses a Língua dos Sinais (Libras). Ela aproveitou para anunciar que nos próximos meses o governo regulamentará a Lei Brasileira de Inclusão, que trata das pessoas com deficiência.

— É um novo tempo para as pessoas com deficiência — afirmou.
Ela também anunciou que a secretária nacional das mulheres será Tia Eron, a deputada que selou o destino do então presidente da Câmara Eduardo Cunha na comissão de ética, em 2016, afirmando que "Não mandam nessa nega aqui". Damares disse que vai lutar "contra os preconceitos", e que as mulheres não serão usadas como "massa de manobra", e que irá perseguir salários igualitários entre homens e mulheres.

— Nossas mulheres terão prioridade e não serão usadas como massa de manobra — disse.
Ao fim de seu discurso, Damares narrou os horrores do infanticídio indígena, citando etnias que enterram vivas crianças que nascem com algum tipo de deficiência. Ela disse que sua pasta irá atrás dos ciganos e índios oferecer ajuda.

— Quando se enterra uma criança viva ela não morre na hora. Ela chora debaixo da terra. É o choro que os ministros anteriores não acreditaram. É o choro que o grande tupã escuta. E o grande tupã ama curumim. Chega de choro de curumim. Eis que surge o ministério da família e da alegria — encerrou, sob fortes aplausos.
Damares recebeu os cumprimentos dos presentes no palco montado no auditório lotado do ministério. Após alguns minutos, ela saiu e um funcionário informou ao microfone que por  “razões de segurança” ela havia se retirado e não voltaria mais.

Fonte: O Globo