sábado, 16 de novembro de 2019

Evo Morales fugiu 'de maneira covarde', diz Jeanine Áñez, presidente interina da Bolívia.


Em entrevista exclusiva à BBC, Áñez diz que ex-mandatário é o verdadeiro responsável pela crise que desencadeou sua renúncia após as eleições 'fraudulentas' de 20 de outubro.

Para a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, Evo Morales não apenas viola as condições de seu asilo no México. Em entrevista exclusiva à BBC, ela diz que o ex-mandatário deve voltar ao país e prestar contas à Justiça. Também acrescenta que Morales saiu "de maneira covarde" da Bolívia.

Em seu terceiro dia no Palácio Quemado, a sede do governo boliviano, Áñez já mudou todo o alto comando da polícia militar do país, empossou ministros e anunciou as prioridades de seu governo: substituir as autoridades eleitorais e entregar o poder a um novo presidente após "eleições justas e transparentes".
Do México, Evo Morales a descreveu como "presidente autoproclamada" e a acusou de consumar um golpe de Estado contra ele — que estava prestes a completar 14 anos no poder.

Áñez rebateu dizendo que Morales é o verdadeiro responsável pela crise que desencadeou sua renúncia após as eleições "fraudulentas" de 20 de outubro. Segunda vice-presidente do Senado, ela tomou posse interinamente com o dever de convocar novas eleições após a renúncia de Morales.


Leia a entrevista completa aqui

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Nikki Lilly, a youtuber com malformação no rosto que será premiada pelo Bafta: 'Já sou imune a me chamarem de feia'



A adolescente, que passou por mais de 40 cirurgias, conta que fazer vídeos ajudou a melhorar sua autoestima

A estrela do YouTube Nikki Lilly, de 15 anos, já entrevistou um primeiro-ministro, venceu a competição de jovens cozinheiros Junior Bake Off e fez uma versão de ukulele da música Here Comes the Sun que teria deixado George Harrison orgulhoso.

Agora, ela será oficialmente reconhecida no British Academy Children's Awards do próximo mês e se tornará a mais jovem a receber um prêmio especial Bafta.
Assim, não serão alguns trolls que a rotularam de "feia" na internet que vão conseguir deixá-la para baixo. ‘Minha família pensava que meu câncer era contagioso’

Estímulo de confiança

Aos 6 anos de idade, Nikki Lilly foi diagnosticada com malformação arteriovenosa, que pode ser fatal. A condição começou a afetar a aparência física dela e a causar sérios problemas de saúde.
Dois anos depois, como forma de lidar com as mudanças repentinas, ela começou a postar vídeos de si mesma no YouTube. Inicialmente, desativou a seção de comentários e se deu conta de que fazer os vídeos realmente a ajudava a aumentar sua autoconfiança.


Agora, sete anos depois, mais de um milhão de seguidores visitam regularmente o canal dela, onde faz tutoriais de maquiagem, além de falar sobre cyberbullying e sobre sua vida como uma "adolescente comum".

Nikki, que passou por mais de 40 cirurgias, diz que também aprendeu muito sobre ela e outras pessoas ao longo dessa trajetória. "Assim que você coloca sua vida na internet, você se expõe ao mundo todo", disse. "Assim como você recebe coisas boas, você recebe coisas ruins."
"E isso vai acontecer até com a garota ou o garoto mais atraente do mundo."

Poder das palavras
"Quando comecei, havia muitos comentários de 'você é feia'. Feia é uma palavra muito comum", conta Nikki Lilly. "Naquela época, esses comentários me afetaram muito mais porque minha confiança era muito menor do que é agora. E ela foi construída por meio dos vídeos." Ela diz que os comentários negativos são tão frequentes que praticamente a tornaram imune.

"Recebo com tanta frequência que praticamente me tornei imune. Isso não significa que esse tipo de comentário não me afete, mas percebi que as pessoas que comentam coisas horríveis, com esse tipo de atitude, estão dizendo muito mais sobre elas do que sobre mim", diz Lilly.
"É muito triste e covarde que eles sintam necessidade de publicar coisas horríveis para outra pessoa porque estão muito tristes com suas vidas. Eles pensam 'ah, se eu sou ruim com essa pessoa, espero me sentir melhor comigo mesma e aí minha vida deixa de ser infeliz'."

Autoestima
A carreira dela na televisão começou em 2016, quando venceu o concurso Junior Bake Off, e no mesmo ano recebeu o prêmio Child of Courage no Pride of Britain Awards. Desde 2018, ela apresenta seu próprio programa no CBBC, canal infantil da BBC, o Nikki Lilly Meets..., com entrevistas com personalidades como a então primeira-ministra Theresa May e o líder trabalhista Jeremy Corbyn. A organização do Bafta anunciou que Nikki Lilly será agraciada com a maior premiação no Children's Awards.

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Toffoli nega pedido de Aras para revogar acesso a dados sigilosos.

Ministro Dias Toffoli vira um ditador, imagina se fosse o Bolsonaro. 

Presidente do STF determinou também ao MPF que informe voluntariamente quantos e quais membros da instituição são cadastrados no sistema  

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, rejeitou o pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e ampliou a solicitação de acesso aos relatórios financeiros de 600 mil pessoas produzidos nos últimos três anos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), rebatizado Unidade de Inteligência Financeira (UIF). Agora, Toffoli quer saber, também, quem no Ministério Público Federal e no órgão de controle tem acesso a essas informações sigilosas.

Toffoli ignorou o argumento de Aras que, nesta sexta-feira, 15, afirmou em petição encaminhada à Corte que se tratava de uma “medida desproporcional” e que colocava em risco a integridade do sistema de inteligência financeira do País. O procurador-geral classificara o pedido de Toffoli como “demasiadamente" interventivo.

“Não se deve perder de vista que este processo, justamente por conter em seu bojo informações sensíveis, que gozam de proteção constitucional, tramita sob a cláusula do segredo de justiça, não havendo que se cogitar, portanto, da existência de qualquer medida invasiva por parte do Supremo Tribunal Federal, maior autoridade judiciária do País. Nessa conformidade, indefiro o pedido de reconsideração formulado”, diz Toffoli, na decisão.

Além de negar o pedido de Aras, Toffoli intima a Procuradoria-Geral da República para, levando em conta "o diálogo institucional proposto no pedido de reconsideração”, informe “voluntariamente” à Suprema Corte quem teve acesso aos dados encaminhados pelo antigo Coaf e quais relatórios foram encaminhados.

Toffoli pede para saber quais membros do Ministério Público Federal (com os respectivos cargos e funções) são cadastrados no sistema; quantos relatórios de informações financeiras (RIFs) foram recebidos pelo MP encaminhados “espontaneamente” pelo antigo Coaf; e quantos relatórios o Ministério Público recebeu “em razão de sua própria solicitação”.

O presidente do Supremo ainda critica os dados encaminhados pela Unidade de Inteligência Financeira afirmando que o órgão não esclareceu seis pontos pedidos por Toffoli. O ministro exigiu que o órgão encaminhe, até segunda-feira, 18, a lista de instituições cadastradas para receber os relatórios e os agentes aptos a terem acesso aos documentos.

O ministro diz que a UIF ainda tem até segunda-feira para dizer a quantidade de RIFs que foram disponibilizados por iniciativa do órgão e quais foram solicitados por instituições de investigações.

“À luz das relevantes preocupações demonstradas pelo Procurador-Geral da República com a segurança das informações disseminadas – reitero eu, disseminadas pela própria UIF - através dos relatórios de inteligência, inclusive em relação aos detentores de foro por prerrogativa de função e aqueles politicamente expostos, e pelo fato de que, até o momento, não se tem nos autos de forma clara informações sobre os destinatários dos RIFs disseminados para as autoridades competentes, intime-se a Unidade de Inteligência Financeira (UIF) para que informe até as 18h do dia 18/11, de acordo com os itens abaixo”, pede o ministro.

Os questionamentos de Toffoli contrapõe os argumentos defendidos por Aras no pedido rejeitado pelo ministro. O procurador-geral da República afirmou que as unidades de inteligência financeira devem ser independentes e autônomas, inclusive para analisar, solicitar, encaminhar ou disseminar informações específicas.

“Trata-se, portanto, de medida desproporcional que põe em risco a integridade do sistema de inteligência financeira, podendo afetar o livre exercício de direitos fundamentais”, disse Aras, sobre o pedido de acesso feito por Toffoli.

O despacho sigiloso do ministro, cujo teor foi divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, foi feito no caso em que Toffoli determinou a suspensão nacional de todos os processos judiciais em que tenha havido compartilhamento de informações da Receita Federal e do antigo Coaf sem autorização judicial e para fins penais, o que beneficiou, entre outros, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

A decisão final sobre se o Coaf e outros órgãos de inteligência financeira vão poder ou não compartilhar dados financeiros vai ser julgada pelo Supremo na quarta-feira, 20. Em julho deste ano, atendendo a pedido do senador, Toffoli determinou a suspensão de todos os processos judiciais nos quais dados bancários detalhados de investigados tenham sido compartilhados por órgãos de controle sem autorização prévia do Poder Judiciário.


Fonte: R7.com

EUA-Trump recorre ao Supremo para não entregar dados ao Congresso.



presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu nesta sexta-feira (15) à Suprema Corte com a esperança de evitar a entrega de sete anos de dados financeiros à Câmara dos Representantes, cuja maioria democrata investiga os possíveis conflitos de interesse do governante.

Este é o segundo recurso de Trump ao Supremo relacionado a esse tipo de documento em dois dias.

Na quinta-feira, os advogados do presidente apresentaram outro recurso para impedir a entrega das declarações do imposto de renda dos últimos cinco anos às autoridades de Nova York.

Esses dois casos são os primeiros relacionados às finanças de Trump que chegam ao Supremo, e podem resultar em uma decisão sobre até que ponto chega o princípio de imunidade do presidente diante de investigações penais.

Trump acredita que a maioria conservadora na Suprema Corte – com dois dos nove juízes indicados por ele – o livrará da necessidade de divulgar esses dados.

O litígio pelo qual Trump recorreu nesta sexta-feira remonta a março deste ano, quando os líderes democratas no Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes solicitaram os registros financeiros do presidente à Mazars USA, a empresa de contabilidade usada pelo mandatário e suas companhias.

O pedido incluiu documentos de 2011 a 2018 requeridos pelo comitê para investigar as finanças do presidente e seus possíveis conflitos de interesse.

Em maio, o juiz federal Amit Mehta decidiu que Trump "não pode bloquear" a citação judicial desse comitê à Mazars.

Em outubro, o Tribunal Federal de Apelações do Distrito de Columbia concordou que a solicitação dos democratas era "válida e aplicável".
Ao apresentar o recurso ao Supremo, um dos advgados de Trump, William Consovoy, pediu à corte que o aceite porque, caso o governante seja obrigado a entregar seus registros, será aberto um precedente para que "qualquer comitê possa exigir qualquer tipo de informação pessoal do presidente".

Fonte: R7.com