O presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu nesta sexta-feira (15) à Suprema
Corte com a esperança de evitar a entrega de sete anos de dados financeiros à
Câmara dos Representantes, cuja maioria democrata investiga os possíveis
conflitos de interesse do governante.
Este é o segundo recurso de Trump ao
Supremo relacionado a esse tipo de documento em dois dias.
Na quinta-feira, os advogados do presidente
apresentaram outro recurso para impedir a entrega das declarações do imposto de
renda dos últimos cinco anos às autoridades de Nova York.
Esses dois casos são os primeiros relacionados
às finanças de Trump que chegam ao Supremo, e podem resultar em uma decisão
sobre até que ponto chega o princípio de imunidade do presidente diante de
investigações penais.
Trump acredita que a maioria conservadora
na Suprema Corte – com dois dos nove juízes indicados por ele – o livrará da
necessidade de divulgar esses dados.
O litígio pelo qual Trump recorreu nesta
sexta-feira remonta a março deste ano, quando os líderes democratas no Comitê
de Supervisão da Câmara dos Representantes solicitaram os registros financeiros
do presidente à Mazars USA, a empresa de contabilidade usada pelo mandatário e
suas companhias.
O pedido incluiu documentos de 2011 a 2018
requeridos pelo comitê para investigar as finanças do presidente e seus
possíveis conflitos de interesse.
Em maio, o juiz federal Amit Mehta decidiu
que Trump "não pode bloquear" a citação judicial desse comitê à
Mazars.
Em outubro, o Tribunal Federal de Apelações
do Distrito de Columbia concordou que a solicitação dos democratas era
"válida e aplicável".
Ao apresentar o recurso ao Supremo, um dos
advgados de Trump, William Consovoy, pediu à corte que o aceite porque, caso o
governante seja obrigado a entregar seus registros, será aberto um precedente
para que "qualquer comitê possa exigir qualquer tipo de informação pessoal
do presidente".
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