sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Médico e deputado acreano vai auxiliar no atendimento às vítimas de tragédia em Brumadinho.


Esta não é a primeira vez que Jenilson se envolve me missões solidárias , em 2010 ele foi ao Haiti, logo após o terremoto que devastou o país

O médico infectologista e deputado estadual Jenilson Leite (PCdoB), embarca na sexta-feira (8) para a cidade de Brumadinho (MG) para auxiliar no atendimento das vítimas da tragédia que atingiu a cidade há duas semanas, quando uma barragem da Vale se rompeu, ocasionando a morte de pelo menos 150 pessoas, outras 182 pessoas continuam desaparecidas.

O convite partiu da Liga Brasileira de Médicos Voluntários e outros médicos residentes do Acre devem acompanhar o parlamentar. Esta não é a primeira vez que Jenilson se envolve me missões solidárias diante de tragédias ou mesmo da necessidade de ajudar famílias carentes, em 2010 ele foi ao Haiti, logo após o terremoto que devastou o país. Este ano, coordenou a ‘Missão de Saúde do Dr. Baba’ oferecendo atendimento ambulatorial em um barco para ribeirinhos e indígenas os municípios de Feijó, Tarauacá e Jordão.

“Faço isso da mesma maneira que fiz quando fui convidado para ir ao Haiti, quando em diversos momentos tivemos o desprendimento e a sensibilidade de participar de missões como a Dr Barba e pra mim é uma honra poder auxiliar quem está precisando”, disse Jenilson ao ContilNet.

Uma grande comoção toma conta de Brumadinho. No 14º dia de buscas, completados nesta quinta-feira (7), homens do Corpo de Bombeiros utilizaram 250 aparelhos de geolocalização que permite a localização em tempo real de cada bombeiro, que pode solicitar apoio e socorro.

“Tem muita gente sofrendo, é uma comoção muito grande mas nós que somos da area de saúde, temos que ter uma postura de lidar com uma situação como essas”, destacou Leite.

Contilnet.com

Condenado a mais de 13 anos, preso passa no 7º lugar em agronomia no interior do AC.



Condenado a mais de 13 anos de prisão por ter tido uma filha com uma adolescente de 14 anos. O detento Jonatan de Souza, de 28 anos, conseguiu passar em 7º lugar no curso de agronomia na Universidade Federal do Acre (Ufac) em Cruzeiro do Sul. Ele cumpre a pena no presídio Manoel Néri da Silva e essa foi a segunda vez que fez a prova.

Mesmo tendo o relacionamento com a menina, Souza foi condenado por estupro, porque ter relação sexual com menores de 14 anos é considerado crime.

No fim do ano passado, ele fez Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e foi convocado na primeira chamada do Sisu para o curso de agronomia. Ele já tinha tentado uma vez ingressar na Ufac, mas só agora atingiu uma média de pontos suficiente para conquistar uma vaga.

A esposa dele, Jaqueline Coimbra, na primeira vez ele não atingiu média suficiente, mas, dessa vez, o preso conseguiu uma média de 600 pontos.

Com essa nota, ele foi aprovado na primeira chamada ficando em sétimo lugar no curso de Agronomia nas vagas de ampla concorrência. A mulher conta que o marido sempre teve uma inteligência acima da média e gosta muito de ler.

“Ele sempre estudou em escola pública e já frequentou a faculdade de ciências contábeis, mas não concluiu. Ele sempre foi muito inteligente e sempre leu muito. É tanto que, quando ele foi preso eu levava muito livro para ele ler”, disse Jaqueline.

Souza já providenciou a matrícula e, para frequentar as aulas, que começam em março, depende de uma autorização da Vara de Execuções Penais. De acordo com a especialista em execuções penais da penitenciária, Vanila Pinheiro, a solicitação para liberação do preso para os estudos já foi feita.

“Uma vez que ele está em regime fechado, é preciso essa liberação para estudo. Temos mais dois que estão em regime fechado e que já passaram em edições anteriores do Enem e estão em monitoramento. Eles passam o dia na Ufac, monitorados por tornozeleiras eletrônicas, e à noite e nos finais de semana retornam ao presídio”, explica Vanila.

O Alto Acre

Prefeito de Manoel Urbano sofre tentativa de envenenamento.



A Polícia Civil está investigando uma possível tentativa de envenenamento ocorrida na prefeitura de Manoel Urbano. A vítima foi uma servidora, mas o prefeito Tanízio Sá, acredita que o alvo da tentativa de envenenamento teria sido ele.
O envenenamento se deu quando a funcionária, que não teve o nome divulgado, tomou uma água que estaria com algum produto que causou reação. A servidora foi encaminhada ao hospital do município.
Câmeras de segurança da parte interna e da área externa da prefeitura estão sendo consultadas para verificar possíveis suspeitos.
“Estão vindo equipes da Polícia Civil e peritos. Mandei fazer uma análise particular da água e a polícia está levando uma amostra para comprovar”, informou o prefeito.
Tanízio Sá disse que o fato não vai deixá-lo abatido. “Uma coisa que não tenho na minha vida é medo. Vim para cá com um propósito e vou cumprir minha missão, doa em quem doer. Estou firme. Vou continuar o que tenho que fazer. Quem fez isso vai ser penalizado”, declarou o prefeito.
A desconfiança do prefeito é que tenham usado soda cáustica para contaminar a água.
Tanízio demitiu, recentemente, servidores contratados por meio de concurso público alegando superfaturamento na folha de pagamento do município. A situação, de acordo com a gestão, estaria ferindo a lei de responsabilidade fiscal.
 Ac24Horas.com

Cadê o Dinheiro? Duarte quer saber quantos milhões o Detran do Acre arrecadou em 2018 com multas.


Um requerimento foi protocolado na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, 7, pedindo extratos bancários com informações a respeito da arrecadação de multas de trânsito no ano de 2018. O documento é de autoria do deputado Roberto Duarte que enfatizou que o objetivo é saber onde esses recursos são aplicados.
“Vamos começar a verificar tudo o que ocorreu no passado. Sabemos que existem milhares de notificações e multas aplicadas e com base nisso, é necessário transparência. Essa verba tem destinação específica para serem gastos com educação no trânsito”, disse.
O discurso de Duarte foi reforçado pelo deputado José Bestene (Progressistas) que lembrou da chamada “Indústria das multas” que segundo ele foi criada nos últimos 4 ou 5 anos. “Eu acho o governo tem que olhar com muito carinho para criar uma prevenção em relação a isso. Não é possível ter uma avenida que você não pode andar em 40 km e momento depois passa para 60, ou 50km. A nova gestão precisa rever algumas situações de trânsito com responsabilidade para beneficiar a população’, disse.
Fonte: Ac24Horas.com

Tráfego em trecho da BR-364 que havia desmoronado é liberado pelo DNIT.



Às 21h15min (horário de Rondônia) o tráfego de veículos na BR-364, no Km 464, foi liberado para todos os veículos. A previsão de liberação da pista era para a tarde de sexta-feira, 8, mas o trabalho intensivo de equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) do estado de Rondônia, adiantou os serviços da obra de restauração da ponte, situada entre as cidades de Jaru e Ariquemes.

A cabeceira da ponte desmoronou em Cacaulândia (RO) e acabou sendo arrastada por um córrego formado depois de uma forte chuva na região.
O presidente da Associação Comercial, Industrial de Serviços e Agrícola do Acre (Acisa-AC), Celestino Bento, confirmou que dezenas de carretas de cargas do Acre ficaram congestionadas nos arredores do local enquanto estava interditado. “Ficamos algumas horas com dezenas de caminhões parados nos arredores do local interditado, estacionados em postos de gasolina ou aguardando em seus locais de origem”, relatou.
Ainda segundo Bento, equipes estiveram no local trabalhando para liberar a BR o mais breve possível. A rodovia precisou ser interditada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para evitar o tráfego de veículos e pedestre no trecho atingido, já que o comprometimento da ponte acabou abrindo um buraco no meio da pista, impedindo qualquer tipo de passagem no local.
Em nota, o Corpo de Bombeiros do Estado de Rondônia, por meio da Defesa Civil, informou nessa quinta-feira, 7, que “o tráfego na altura do KM 464 da BR-364, próximo a Fazenda Nova Vida, situada no Km 473, foi totalmente interrompido, por motivo de desmoronamento da cabeceira da ponte Córrego Andirá”.
As equipes também informaram que a rota alternativa, que seria pela RO-257, a qual liga Ariquemes, Jaru e Machadinho, também ficou interditada, no Km 16, na altura da ponte sobre o Rio Branco.



Presidente Jair Bolsonaro é diagnósticado com pneumonia mais diz estar tranquilo.




Os médicos que cuidam do presidente Jair Bolsonaro (PSL), internado há 11 dias no hospital Albert Einstein, em São Paulo, detectaram em tomografia de tórax e abdome uma "imagem compatível com pneumonia", segundo boletim médico divulgado nesta quinta-feira.

O presidente, que se recupera de uma cirurgia para reconectar o intestino após o atentado a faca que sofreu, também teve febre na noite de quarta-feira e já vinha tomando antibióticos, que agora serão substituídos. "Estamos muito tranquilos, bem e seguimos firmes", escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter nesta quinta.

De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, os exames também detectaram uma "boa evolução do quadro intestinal", segundo o boletim médico que leu diante de jornalistas. Ainda segundo o documento, o presidente, internado na unidade semi-intensiva do hospital, "continua sem dor, com sonda nasogástrica [que vai do nariz até o estômago], dreno no abdome e recebendo líquidos por via oral em associação a alimentação parenteral". Nesta quinta ele ainda realizou exercícios respiratórios e caminhou pelo corredor.

Bolsonaro foi internado no dia 27 de janeiro para se submeter, no dia seguinte, a uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia que o acompanhava desde que foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira no dia 6 de setembro do ano passado, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (Minas Gerais). A operação de semana passada, que consistia em ligar o intestino delgado e parte do intestino grosso, foi considerada um sucesso e estava previsto que Bolsonaro receberia alta em até dez dias. O presidente chegou a reassumir o cargo e a montar um gabinete no hospital para despachar normalmente.

Contudo, seu quadro clínico piorou nos dias seguintes. No último sábado, o presidente teve náuseas e vômitos devido a uma paralisação no intestino delgado, o que levou os médicos a colocarem uma sonda nasogástrica. Segundo os médicos, o intestino voltou a funcionar entre domingo e segunda.

Em seguida, novos exames foram realizados e os médicos introduziram na segunda antibióticos para atacar qualquer possibilidade de infecção, que aumenta devido vulnerabilidade de um organismo debilitado pela operação. Nesse dia também foi identificado "uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia". O presidente foi então submetido "à punção guiada por ultrassonografia e permanece com dreno no local".

Segundo o porta-voz, Bolsonaro está com dificuldades para dormir, e a equipe médica considera "auxiliá-lo para que ele durma um pouco mais". Não falou especificamente em medicação.


EL PAIS

Sobe para 157 número de mortos por rompimento de barragem em Brumadinho.



(Reuters) - Chegou a 157 o número de mortes confirmadas por conta do rompimento da barragem de rejeitos de mineração operada pela Vale em Brumadinho (MG), informou a Defesa Civil de Minas Gerais, que também disse que ainda existem 182 pessoas desaparecidas.


De acordo com a Defesa Civil mineira, dos corpos já resgatados em meio à onda de lama lançada pela barragem da Vale, 134 cadáveres já foram identificadas pelas autoridades. Segundo os números divulgados, três pessoas ainda estão hospitalizadas e 133 estão desabrigadas.

A barragem da Vale na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompeu no dia 25 de janeiro, lançando uma onda de lama que devastou um centro administrativo da Vale, incluindo um refeitório onde pessoas almoçavam.

Também foram destruídas uma pousada que estava no caminho da lama liberada pela barragem e partes da cidade de Brumadinho.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

Fonte: MSN-Brasil

Mourão recebe presidente da CUT para conversar sobre Previdência.


 


O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, reuniu-se nesta 5ª feira (7.fev.2019) com o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, para discutir a reforma da Previdência. Freitas levou críticas dos sindicalistas sobre a proposta de mudança do regime de repartição para o de capitalização.
De acordo com o dirigente sindical, Mourão disse que o debate vai ser feito no Congresso Nacional.

Em 14 de novembro de 2018, Freitas declarou que a CUT não reconhece o governo de Jair Bolsonaro. A declaração foi dada em ato realizado em frente superintendência da Polícia Federal onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso.

No dia 18 de dezembro de 2018, recuou da fala em entrevista ao El País e afirmou que a entidade procuraria o governo para “negociar os interesses dos trabalhadores”
Uma das ideias discutidas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) é adotar o regime de capitalização, onde o trabalhador contribui para sua própria aposentadoria em vez de financiar os aposentados atuais. Vagner Freitas disse que a CUT é contra. De acordo com ele, a medida “favorece o capital financeiro, tira direitos dos trabalhadores, impede que você tenha aposentadoria e mais do que isso impede que você tenha benefícios e assistência social”. 

Ele completa afirmando que é preciso discutir a reforma com a população:

“É ruim para os trabalhadores, acaba com a seguridade social e não garante a aposentadoria. Não temos concordância nenhuma em relação a isso. Se é essa a proposta, ela deve ser retirada. Isso deve ser levado para a sociedade discutir a Previdência –não assim, a toque de caixa”, disse o presidente da CUT.

O sindicalista também disse que haverá mobilização no Congresso Nacional e será convocado 1 ato público no dia 20 de fevereiro para discutir a Previdência:

“Ele, Mourão, acha que tem de fazer o debate no Congresso Nacional. Nós vamos pressionar muito para que não seja tirado nenhum direito dos trabalhadores no Congresso. Vamos também fazer uma assembleia nacional da classe trabalhadora no dia 20 e vamos construir a alternativa de enfrentamento de reforma da Previdência”, disse o presidente da CUT.
Também participou da reunião o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, Wagner Santana. Leia a íntegra da proposta entregue ao vice-presidente:

Fonte: MSN-Brasil

Palocci diz que Lula sabia que seria alvo de fase da Lava Jato


 
O ex-ministro Antonio Palocci disse em delação premiada que o ex-presidente Lula tinha a informação de que que seria deflagrada a 24ª fase da operação Lava Jato, na qual foi conduzido coercitivamente, em 4 de março de 2016.

O depoimento (eis a íntegra) foi realizado no âmbito de investigação que apura o vazamento dessa fase da operação.
Segundo Palocci, o presidente e uma assessora do Instituto Lula, Paulo Okamoto e Clara Ant, ficaram sabendo que haveria uma operação contra o ex-presidente. Eles não sabiam, no entanto, se seria cumprida prisão ou condução coercitiva de Lula.

De acordo com o ex-ministro, Okamoto informou que ao saber da operação teria “feito uma limpa” na casa em Atibaia (SP), assim como Clara fez em sua residência. Palocci disse ainda que ambos lamentaram o fato de que Lula não tenha feito o mesmo e que por isso foram encontrados documentos comprometedores na casa do ex-presidente e no sítio em Atibaia.

Ainda segundo Palocci, documentos importantes não foram aprendidos na sede do Instituto Lula e na casa de assessores do ex-presidente do local.

O ex-ministro disse que tratou com Clara Ant sobre 1 HD que ela tinha, no qual estavam guardados registros de todas as reuniões oficiais feitas por Lula nos 2 governos. Segundo Palocci, a assessora disse ter tido o cuidado de guardar em outro lugar e, por isso, não foi levado pela polícia.

O QUE DIZEM OS CITADOS

Em nota, a defesa de Antonio Palocci disse que ele continuará colaborando de “modo amplo e irrestrito” com a Justiça.

O advogado de defesa de Paulo Okamotto, Fernando Augusto Fernandes, afirmou que “as alegações de Antonio Palocci sobre Paulo Okamotto são inverídicas. Suas acusações não trazem consigo nenhum elemento probatório e, evidentemente, são formulações com o objetivo de obter benefícios judiciais e financeiros”.

VAZAMENTO DA INFORMAÇÃO

De acordo com as investigações da PF (Polícia Federal), a auditora da Receita Federal Rosicler Veigel, que atuava na força-tarefa da Lava Jato, disse que em fevereiro de 2016 contou ao então namorado, o jornalista Francisco José de Abreu Duarte, que uma “bomba” relacionada ao ex-presidente Lula estava prestes a “estourar”.

Rosicler Veigel disse que naquela ocasião tinha levado para casa cópias das decisões que teve acesso, sobre a operação em que Lula seria alvo. No entanto, negou que tenha entregue os documentos a Abreu. A auditora disse que foi ele quem retirou os documentos da bolsa, sem que ela soubesse.

Outro jornalista –Eduardo Guimarães– também foi investigado por ter passado ou não a informação a Lula.

REFORMAS NO SÍTIO DE ATIBAIA

Na 4ª feira (6.fev), o ex-presidente Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).
No depoimento, Palocci afirma ainda que, em 2016, o ex-presidente Lula o chamou e perguntou se ele poderia assumir o pagamento das reformas feitas no sítio.

O ex-ministro disse que negou por 2 motivos:
porque achava que a polícia descobriria;
pelo fato de que não houve grandes saques em espécie, não tendo o como justificar os pagamentos das reformas.

Ao negar o pedido de Lula, Palocci disse que indicou ao ex-presidente que procurasse Paulo Okamoto. Este teria insistido para que o ex-ministro assumisse os pagamentos.

Segundo Palocci, após negar novamente o pedido, o presidente do Instituto Lula o perguntou se ele poderia buscar outro empresário para assumir as reformas.

O ex-ministro disse que Okamoto chegou a procurar executivos da OAS e Odebrecht, que teriam afirmado ser melhor não assumir publicamente a responsabilidade pelas reformas, pois os valores empregados eram de caixa 2.

O Poder360 tenta contato com os citados, mas até o momento da publicação não tinha recebido respostas.

Fonte: MSN-Brasil

Dança das cadeiras no senado: 12 senadores mudam de partido e novas legendas ganham poder.



Mesmo após uma eleição marcada pelo discurso de novas práticas políticas, 12 senadores já trocaram de partido desde outubro do ano passado. O troca-troca partidário mudou a dinâmica de forças entre as bancadas da Casa, diminuindo a importância de siglas tradicionais, como o PSDB, e colocando em destaque novos grupos partidários, a exemplo do Podemos e do PSD.

A forte renovação obtida em 2018 – apenas 8 dos 54 senadores foram reeleitos – não evitou que uma parcela significativa desses parlamentares protagonizasse ‘traições’ partidárias ou acordos envolvendo 12 partidos. A dança das cadeiras envolve tanto figuras tradicionais, como o ex-presidente Fernando Collor (AL), como os estreantes Jorge Kajuru(GO) e o Capitão Styvenson (RN). Com as mudanças, cinco siglas foram "expulsas" do Senado: PTC, PRP, PHS, PTB e Solidariedade. Todas saíram das urnas com pelo menos um senador, mas começaram o ano legislativo esvaziadas.

PTB, partido do ex-deputado Roberto Jefferson, conhecido pelo envolvimento no caso do "mensalão", é a mais prejudicada. A legenda elegeu dois novos senadores em outubro e, como já tinha um parlamentar em meio de mandato, terminou 2018 projetando uma bancada de três parlamentares, o que lhe garantiria uma estrutura de liderança partidária – com gabinete próprio e cargos em comissão. Nesses 90 dias, porém, a sigla perdeu seus três senadores, sendo dois deles para o PSD, e perdeu representação na Casa. O Broadcast Político apurou que Roberto Jefferson, irritado, tentou reverter as saídas, mas não conseguiu.

Na outra ponta está o PSD, de Gilberto Kassab. O ex-ministro articulou a ampliação da bancada durante o recesso e conseguiu atrair três nomes, elevando de sete para dez o número de senadores filiados ao partido que criou. Os novatos na legenda são Nelsinho Trad (MS) e Lucas Barreto (AP), ambos originários do PTB, além do Carlos Viana (MG), do PHS. Em compensação, a sigla perdeu o senador Lasier Martins (RS) para o Podemos. Ainda assim, o PSD ultrapassou o PSDB em tamanho e força. Os tucanos não conseguiram seduzir nenhum novo senador e permaneceram com uma bancada de oito parlamentares, contra nove do PSD.

A ofensiva de Kassab serviu para que o partido pudesse requisitar mais espaço no Senado, devido à regra da proporcionalidade. Nas negociações, a sigla conseguiu garantir a primeira-secretaria do Senado, além da presidência de uma das mais importantes comissões, a de Assuntos Econômicos (CAE).O Podemos, partido do senador Álvaro Dias (PR), também se fortaleceu. A sigla filiou, além de Lasier Martins, o senador Eduardo Girão (CE), que era do PROS, e o Capitão Styvenson (RN), ex-Rede. Com isso, a legenda subiu de cinco parlamentares, após as eleições, para oito nomes agora. O crescimento fez com que Álvaro Dias garantisse a indicação para a segunda vice-presidência do Senado, um dos cargos mais importantes da Mesa Diretora.

O assédio dos partidos sobre os eleitos foi tanto que houve quem atuasse para evitar uma debandada. A articulação de Álvaro Dias representou um duro golpe, por exemplo, para a Rede, partido de Marina Silva. A saída de Styvensson foi a segunda baixa na sigla, que já havia perdido o Delegado Alessandro Vieira (SE) para o PPS. As mudanças enxugaram a bancada da legenda, que deixou de ter cinco senadores, como definido pelas urnas em outubro, para reunir apenas três parlamentares.

Um dos principais aliados de Marina, o senador Randolfe Rodrigues atuou para evitar que a debandada fosse maior. Se perdesse três senadores, a Rede não teria direito, por exemplo, a uma estrutura de liderança na Casa. A chamada cláusula de barreira, válida para a eleição da Câmara dos Deputados, explica as mudanças. Como o partido não alcançou o número mínimo de cadeiras exigido pela legislação eleitoral, perdeu o direito de ter acesso a fundos públicos com verbas para financiar as atividades partidárias e eleitorais.
Renovação histórica

Em outubro, o Senado renovou 2/3 de seu plenário - 54 parlamentares foram eleitos. Foi a maior renovação desde o fim da ditadura militar,com a entrada de 46 novos senadores. Dos 32 parlamentares que tentaram a reeleição, somente oito conseguiram novo mandato, entre eles Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, Ciro Nogueira, do PP do Piauí e Humberto Costa, do PT de Pernambuco.Nomes tradicionais como Romero Jucá (MDB-RR), Valdir Raupp (MDB-RO), Eunício Oliveira (MDB-CE), Roberto Requião (MDB) do Paraná, o ex-líder do governo Michel TemerLindbergh Farias (PT-RJ) e Magno Malta (PR-ES) ficaram de fora.

Fonte:MSN