Os médicos que
cuidam do presidente Jair
Bolsonaro (PSL), internado há 11 dias no hospital Albert Einstein, em
São Paulo, detectaram em tomografia de tórax e abdome uma "imagem
compatível com pneumonia", segundo boletim médico divulgado nesta
quinta-feira.
O presidente, que
se recupera de uma cirurgia para reconectar o intestino após o atentado a faca
que sofreu, também teve febre na noite de quarta-feira e já vinha tomando
antibióticos, que agora serão substituídos. "Estamos muito tranquilos, bem
e seguimos firmes", escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter nesta quinta.
De acordo com o
porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, os exames também detectaram uma
"boa evolução do quadro intestinal", segundo o boletim médico que leu
diante de jornalistas. Ainda segundo o documento, o presidente, internado na
unidade semi-intensiva do hospital, "continua sem dor, com sonda nasogástrica
[que vai do nariz até o estômago], dreno no abdome e recebendo líquidos por via
oral em associação a alimentação parenteral". Nesta quinta ele ainda
realizou exercícios respiratórios e caminhou pelo corredor.
Bolsonaro foi internado no dia 27 de janeiro para se
submeter, no dia seguinte, a uma cirurgia para a retirada da bolsa de
colostomia que o acompanhava desde que foi esfaqueado por Adélio Bispo de
Oliveira no dia 6 de setembro do ano passado, durante um ato de campanha em
Juiz de Fora (Minas Gerais). A operação de semana passada, que consistia em
ligar o intestino delgado e parte do intestino grosso, foi considerada um sucesso e estava previsto que
Bolsonaro receberia alta em até dez dias. O presidente chegou a reassumir o
cargo e a montar um gabinete no hospital para despachar normalmente.
Contudo, seu
quadro clínico piorou nos dias seguintes. No último sábado, o presidente teve náuseas e vômitos devido a uma paralisação no
intestino delgado, o que levou os médicos a colocarem uma sonda
nasogástrica. Segundo os médicos, o intestino voltou a funcionar entre domingo
e segunda.
Em seguida, novos
exames foram realizados e os médicos introduziram na segunda antibióticos para
atacar qualquer possibilidade de infecção, que aumenta devido vulnerabilidade
de um organismo debilitado pela operação. Nesse dia também foi identificado
"uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga
colostomia". O presidente foi então submetido "à punção guiada por
ultrassonografia e permanece com dreno no local".
Segundo o
porta-voz, Bolsonaro está com dificuldades para dormir, e a equipe médica
considera "auxiliá-lo para que ele durma um pouco mais". Não falou
especificamente em medicação.
EL PAIS
Nenhum comentário:
Postar um comentário