sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Condenado a mais de 13 anos, preso passa no 7º lugar em agronomia no interior do AC.



Condenado a mais de 13 anos de prisão por ter tido uma filha com uma adolescente de 14 anos. O detento Jonatan de Souza, de 28 anos, conseguiu passar em 7º lugar no curso de agronomia na Universidade Federal do Acre (Ufac) em Cruzeiro do Sul. Ele cumpre a pena no presídio Manoel Néri da Silva e essa foi a segunda vez que fez a prova.

Mesmo tendo o relacionamento com a menina, Souza foi condenado por estupro, porque ter relação sexual com menores de 14 anos é considerado crime.

No fim do ano passado, ele fez Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e foi convocado na primeira chamada do Sisu para o curso de agronomia. Ele já tinha tentado uma vez ingressar na Ufac, mas só agora atingiu uma média de pontos suficiente para conquistar uma vaga.

A esposa dele, Jaqueline Coimbra, na primeira vez ele não atingiu média suficiente, mas, dessa vez, o preso conseguiu uma média de 600 pontos.

Com essa nota, ele foi aprovado na primeira chamada ficando em sétimo lugar no curso de Agronomia nas vagas de ampla concorrência. A mulher conta que o marido sempre teve uma inteligência acima da média e gosta muito de ler.

“Ele sempre estudou em escola pública e já frequentou a faculdade de ciências contábeis, mas não concluiu. Ele sempre foi muito inteligente e sempre leu muito. É tanto que, quando ele foi preso eu levava muito livro para ele ler”, disse Jaqueline.

Souza já providenciou a matrícula e, para frequentar as aulas, que começam em março, depende de uma autorização da Vara de Execuções Penais. De acordo com a especialista em execuções penais da penitenciária, Vanila Pinheiro, a solicitação para liberação do preso para os estudos já foi feita.

“Uma vez que ele está em regime fechado, é preciso essa liberação para estudo. Temos mais dois que estão em regime fechado e que já passaram em edições anteriores do Enem e estão em monitoramento. Eles passam o dia na Ufac, monitorados por tornozeleiras eletrônicas, e à noite e nos finais de semana retornam ao presídio”, explica Vanila.

O Alto Acre

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