quinta-feira, 26 de março de 2020

Mulher de 95 anos que superou coronavírus e se tornou rosto da esperança na Itália.


Alma Clara Corsini com a equipe médica que a tratou no hospital Pavullo em Modena, Itália
Alma Clara Corsini foi hospitalizada em 5 de março na província de Modena, no norte da Itália e já está a caminho da casa de repouso onde vive
Nas últimas semanas, a Itália teve poucos motivos para otimismo.

Atualmente, é o país mais afetado pela pandemia de coronavírus na Europa e, na última segunda-feira (23/3), havia registrado mais de 6 mil mortes, o número mais alto do mundo.

Alma Clara Corsini foi hospitalizada em 5 de março na província de Modena, no norte da Itália.
Segundo o jornal local La Gazzetta di Modena, a saúde de Corsini agora está tão boa que ela recebeu alta e já está a caminho de sua casa de repouso no município de Fanano, na província de Modena.

"Sim, estou bem. São pessoas boas que me trataram bem e já estão me mandando para casa", disse Corsini ao La Gazzetta di Modena em alusão aos cuidados que recebeu no hospital.

O mesmo jornal observou como os especialistas observaram que a recuperação de Corsini ocorreu sem a "terapia antiviral" que é administrada aos pacientes para ajudá-los a combater a infecção.

A imagem da idosa junto com a equipe médica que a tratou se tornou um incentivo para todo o país e viralizou nas redes sociais.
Emilia Romagna, segundo as estatísticas oficiais divulgadas pelo governo italiano na segunda-feira, 23 de março, registra mais de 8,5 mil casos e quase 900 mortes.

O maior número de mortes ocorre em pessoas com mais de 70 anos de idade.
A Itália, com mais de 6 mil mortes, superou a China (mais de 3,2 mil) na semana passada como o país com o maior número de mortes no mundo.
No entanto, os números dos últimos dois dias mostram uma ligeira desaceleração no crescimento de infectados e mortos.

Essas estatísticas e histórias pessoais como Alma Clara Corsini retratam uma imagem um pouco mais encorajadora para esse país.
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Mas o caso de uma mulher de 95 anos que se recuperou da doença conseguiu romper esse pessimismo.

R7.com

Brasil registrou ao menos 1.109 mortes por gripe em 2019.


Idosos representam a maior parte dos óbitos por gripe
Pessoas com mais de 60 anos, com problemas cardiovasculares crônicos e diabéticos representam maior número de óbitos por gripe no ano passado

O Brasil teve em 2019 teve 1.109 óbitos decorrentes de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por influenza, segundo o último relatório do Ministério da Saúde.

O número representa 22,5% de todas as mortes por SRAG que fazem parte do levantamento — elaborado por amostragem, ou seja, apenas uma parcela dos casos é contabilizada. 

O subtipo de vírus da gripe que mais matou foi o H1N1, o mesmo da epidemia de 2009, que corresponde a 787 óbitos. Além disso 73% das mortes foram de pessoas com fatores de risco determinados para a doença.
O pneumologista Pedro Rodrigues Genta, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que a maior parte dos infectados por influenza não possui grandes complicações.

Segundo o relatório, 54,6% dos óbitos foram de pacientes com mais de 60 anos. Em segundo e terceiro lugares, aparecem as pessoas com doenças cardiovasculares crônicas (35,9%) e diabéticas (27,6%).
Genta afirma que idosos possuem o sistema imunológico e saúde fragilizados e costumam ter outras doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.
“Eles possuem uma capacidade física e imunológica limitada para lidar com esse tipo de situação.”

“O quadro vai exigir mais do organismo e do coração, que já possui uma deficiência. A frequência cardíaca fica aumentada o que coloca o coração do paciente em risco.”

Pacientes diabéticos também podem ter a imunidade prejudicada, se a doença não estiver sob controle. Além disso, a diabetes pode acometer doenças cardiovasculares e renais, que podem complicar o quadro.

Número de óbitos pode ser ainda maior
O estado de São Paulo foi o que mais concentrou mortes por influenza: 24,6%. Além disso observa-se um maior número de casos e mortes nas regiões Sul e Sudeste.

Segundo o relatório do ministério, o maior número de casos e óbitos nessas regiões é devido à “concentração populacional e também ao maior número de unidades sentinelas de SRAG para influenza, por isso faz-se necessário o fortalecimento da vigilância da influenza nas outras regiões do país (Centro-Oeste, Norte e Nordeste)”.
Para Genta, o resultado do relatório é por conta da falta de acesso ao diagnóstico.

“Fora desses centros, o acesso é ruim. Em muitos hospitais, nem sequer existe a disponibilidade de fazer o diagnóstico. Muitas vezes se trata com antibiótico, achando que é uma pneumonia bacteriana e na verdade é viral.”
Campanha de vacinação antecipada


Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mesmo que a vacina não apresente eficácia contra o coronavírus, é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para o novo coronavírus.
Para o pneumologista, a mortalidade da gripe é muito negligenciada no Brasil e corremos o risco de dar importância indevida ao novo coronavírus.
“[A gripe] é uma doença que se pode prevenir com vacina. Nesta fase em que teremos um risco maior do novo coronavírus, teremos também um risco maior de gripe, que tem sintomas muito parecidos.”

Genta explica que todos dentro do grupo de risco devem se vacinar. As pessoas que não se encaixam nas definições de risco podem consultar seus médicos para avaliar o custo x benefício da vacinação.

Mandetta afirmou em coletiva de imprensa que a campanha começará vacinando gestantes, crianças de até seis anos, puérperas e idosos. Depois, serão incluídas outras categorias.


Fonte R7.com

É falso que Itália tenha registrado 232 mortes de crianças pela covid-19.


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O governo italiano não havia registrado óbitos de pessoas com menos de 30 anos até o dia 24 de março

São falsas as postagens segundo as quais a Itália registrou a morte de 232 crianças na atual pandemia de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Até o dia 24 de março, o governo italiano ainda não havia registrado óbitos de pessoas com menos de 30 anos.

Essa verificação foi realizada com base em consultas a diversos documentos oficiais de diferentes órgãos do governo da Itália.
O post que foi objeto desta verificação foi escrito no Facebook por um usuário à 1h22 da manhã desta quarta-feira, 25 de março. O texto dizia que “morreram 232 crianças num dia na Itália e o demente manda as crianças voltarem para a escola.”

A postagem era uma referência ao pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, na noite de 24 de março. O mandatário minimizou a pandemia de covid-19 e sugeriu que os governadores deveriam descumprir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre elas a de fechar escolas e universidades.

Outros posts de mesmo teor foram encontrados pelo Comprova no Facebook. Esses, no entanto, traziam outra informação, que as supostas 232 mortes de crianças teriam ocorrido em um dia com 793 mortes por covid-19 na Itália.
O Comprova verificou uma postagem feita por um perfil pessoal no Facebook.
Falso para o Comprova é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma mentira.


Fonte Exame.com

Da raiva à cólera: as doenças infecciosas que matam mais que o coronavírus.

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Do ponto de vista de escala de mortalidade, o coronavírus ainda não compete com uma série de outras doenças infecciosas que existem há mais tempo

São Paulo — Enquanto o brasileiro pulava carnaval, o coronavírus voltava a chacoalhar os mercados globais diante de novos surtos em lugares como Irã e na Itália. A sensação é de que a ampliação da epidemia é questão de tempo, e o próprio Brasil confirmou seu primeiro caso nesta quarta-feira (26).
Do ponto de vista de escala de mortalidade, cuja taxa tem se mantido entre 3% e 4%, o coronavírus ainda não compete com uma série de outras doenças infecciosas que existem há muito mais tempo e estão entre as principais causas de morte no mundo, especialmente em países de baixa renda.

Tuberculose

Em 2018, cerca de 10 milhões de pessoas contraíram tuberculose no mundo e 1,5 milhão morreram da doença, que mata mais gente do que o HIV e a Malária juntos.
O maior número de novos casos foi no Sudeste Asiático (44%), seguido por países da África (24%) e do Pacífico Ocidental (18%). No mesmo ano no Brasil, 72 mil pessoas foram diagnosticadas e 4,5 mil morreram em decorrência da doença.
A tuberculose é causada por bactérias que afetam, principalmente, os pulmões. A transmissão é feita de pessoa para pessoa através do ar, por meio de tosse, espirro ou cuspe.
Nos últimos anos, o número de mortes por tuberculose vem diminuindo constantemente — mas apesar de a doença ter tratamento e cura, sua carga permanece alta entre populações de baixa renda, pouco acesso ao sistema de saúde e em situação de vulnerabilidade e baixa imunidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima um déficit de US$ 3,3 bilhões para prevenção e tratamento da doença. No ano passado, o financiamento internacional para isso foi de US$ 0,9 bilhão.

Hepatites B e C

As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas em todo o mundo e levam 1,34 milhão à óbito anualmente. Elas são as principais causas do câncer de fígado.
A transmissão mais comum da hepatite B é a perinatal, de mãe para filho, ou por transmissão horizontal pela exposição ao sangue infectado. É possível haver transmissão sexual.
Já a hepatite C é mais comumente transmitida por contato com sangue contaminado, seja por transfusão, acidentes com material contaminado ou drogas injetáveis. A transmissão sexual é rara.
Segundo a OMS, a baixa cobertura de testes e tratamentos é o principal obstáculo para atingir a meta global de eliminar a infecção até 2030.
Na população brasileira foram identificados em 2018 cerca de 13 mil casos de hepatite B e 26 mil de C, que levaram à óbito 2 mil pessoas.

HIV/AIDS

A OMS classifica a o vírus do HIV como um dos maiores problemas globais de saúde pública. Só em 2018, 770 mil pessoas morreram por complicações pela doença e 1,7 milhão de pessoas foram infectadas. Desde que o vírus surgiu, são 75 milhões de infectados e 32 milhões de mortes.
O HIV pode ser transmitido através da troca de uma variedade de fluidos corporais de pessoas infectadas, como sangue, leite materno, sêmen e secreções. Não há infecção através do contato diário comum, como beijar, abraçar, apertar as mãos ou compartilhar objetos pessoais.
Nas últimas décadas a doença teve um avanço considerável, tanto em termos de tecnologia quanto de acesso, na prevenção, diagnóstico, tratamento e assistências médicas eficazes a quem contrai o HIV.
Hoje existem aproximadamente 37,9 milhões de pessoas que têm o vírus, mas que vivem de forma saudável e com carga viral indetectável.
No Brasil, a epidemia é considerada estabilizada e são 866 mil pessoas vivendo com o vírus. Nos últimos cinco anos, o número de mortes pela doença caiu 22,8%, de 12,5 mil em 2014 para 10,9 mil em 2018.

Gripe

Uma das doenças mais comuns do mundo é a gripe, que anualmente leva cerca de 650 mil pessoas à óbito devido a complicações respiratórias.
Em 2018, o Brasil registrou aumento de 194,4% no número de mortes por gripe em relação ao mesmo período de 2017: 839 contra 285 no ano anterior. O número de casos também mais que duplicou no período, com 4 mil infecções em 2018, contra 1.782 em 2017.

A doença vive variações periódicas, em versões tanto transmitidas por animais, como a H1N1, como pandemias, como a “Gripe Espanhola”, e as sazonais, que aparecem principalmente no inverno.
Com vacinas para prevenir a maior parte das gripes, a OMS desenvolveu uma Estratégia Global de Gripe para 2019-2030. O objetivo é fortalecer a prevenção, o controle e a preparação para futuras pandemias.

Malária

A malária é causada por parasitas que são transmitidos às pessoas através das picadas de mosquitos fêmeas infectados. A doença não tem vacina, mas é evitável e pode ser curada.
Em 2018, o número estimados de casos de malária no mundo chegou a 228 milhões, com 405 mil óbitos. A doença tem predomínio em países subdesenvolvidos, principalmente no continente africano. Em 2018, a região abrigava 93% dos casos e 94% das mortes pela doença.

Apesar da estatística recente, as mortes por malária caíram 42% desde o ano 2000. Mas o fato de ela estar concentrada em áreas tropicais de menor peso econômico e renda mais baixa torna elas menos atrativas do ponto de vista da pesquisa farmacêutica.
Este é um dos motivos que levaram o bilionário Bill Gates a investir através da sua fundação bilhões de dólares em busca de uma vacina.
No Brasil, a OMS estima que houve cerca de 218 mil casos em 2017, mas não há estimativas de mortes.

Meningite

A meningite é uma doença infecciosa, transmitida por um vírus, bactéria ou fungo, que atinge cerca de 1 milhão de pessoas por ano no mundo.
O grande desafio para o tratamento da meningite, é que normalmente é difícil reconhecer a doença nos estágios iniciais, já que os sintomas podem ser semelhantes aos da gripe comum
A meningite bacteriana, que é a forma mais grave e comum da doença, causa cerca de 170 mil mortes em todo o mundo a cada ano. Em 2018, o Brasil registrou 934 casos e 282 mortes.

Cólera

Com menos precisão de informações sobre transmissão e mortes, é estimado que a cada ano haja 143 mil mortes em todo o mundo por conta da cólera.
Em 2016, último dado disponível, foram reportados 132 mil casos e 2.420 mortes, mas a OMS considera que há subnotificação porque ela costuma ocorrer em países pouco desenvolvidos.

A doença consiste em uma infecção diarreica aguda causada por comer ou beber alimentos ou água que está contaminada com uma bactéria.
Além de vacina, a maioria dos pacientes com cólera pode ser tratado através da administração imediata de solução de reidratação oral (SRO).

Raiva

O vírus da raiva (Lyssavirus) infecta mamíferos e é transmitido aos seres humanos através da saliva, normalmente por mordida de cachorro. A infecção pela doença é fatal em mais de 99% dos casos, o que a torna uma das mais mortais do mundo.
Não existe tratamento após o início dos sinais ou sintomas, mas há a profilaxia pós-exposição (PEP), chamada de vacina anti-rábica, que impede eficazmente a doença. Anualmente, cerca de 59 mil pessoas morrem por conta da raiva.

Febre amarela

A febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, principalmente, e pode causar desde doença febril autolimitada até doença hepática grave com sangramento.
Anualmente, a estimativa é que a febre atinja 200 mil pessoas e cerca de 30 mil mortes a cada ano. O Brasil teve 483 mortes por febre amarela entre julho de 2017 e junho de 2018. A propagação da doença é evitável via vacina.

Dengue

Presente em 141 países, a cada ano cerca de 390 milhões de pessoas no mundo são infectadas pela dengue e 25 mil pessoas morrem da doença.
Em 2019, o Brasil registrou o segundo maior número de mortes por dengue em 21 anos, com 754 mortes, atrás apenas de 2015, ano da pior epidemia já registrada. O número de casos prováveis da doença ultrapassou 1,5 milhão.
A incidência global cresceu muito nas últimas décadas e, hoje, 40% da população mundial têm risco de contrair a infecção transmitida por mosquitos fêmeas principalmente da espécie Aedes aegypti.

Ebola

A doença do vírus Ebola (DVE) é considerada uma das mais graves e mata em um a cada dois casos. Os primeiros surtos foram em aldeias remotas na África Central, perto de florestas tropicais, nos anos 70.
Entre 2014 e 2016, houve o maior e mais complexo surto na África Ocidental, que resultou em 28 mil casos e 11 mil mortes.
Desde julho de 2019, a República Democrática do Congo vive uma epidemia da doença, ainda não controlada. Até agora, há 3,4 mil casos e 2,2 mil mortes.

Fonte: Exame