Desastres com
rompimento de barragens são frequentes no Brasil, especialmente com aquelas
destinadas ao acúmulo de rejeitos.
Com o objetivo de
aperfeiçoar a legislação que propõe a fiscalização das barragens pelos órgãos
públicos, o deputado federal Alan Rick (PRB) apresentou parecer favorável aos
Projetos que tratam da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), na forma
de um substitutivo que altera a atual legislação – Lei nº 12.334/10, para que
seja incluído o Plano de Ação de Emergência (PAE).
“O Brasil
registrou o desastre da barragem de Mariana/MG e que trouxe severos impactos.
Mas infelizmente já ocorreram centenas de desastres com prejuízos irreparáveis
aos ecossistemas naturais, e os impactos ainda estão ocorrendo. Se houvesse
mais cautela e melhor fiscalização por parte dos órgãos públicos, essa tragédia
teria sido evitada. E o que proponho é isso, criar condições mais rigorosas”,
explica Alan.
Foram
encaminhados para o parecer do vice-presidente da Comissão de Integração
Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (CINDRA), Alan Rick, dois
projetos. O PL nº3.775/15, do deputado Arnaldo Jordy (PPS/PA), que propõe
aprimorar os requisitos de elaboração e os critérios para implantação do PAE; e
o PL nº 4.287/16, apresentado pela Comissão Externa destinada a acompanhar e
monitorar os desdobramentos do desastre ambiental, ocorrido em Mariana – MG e
região. E nesta quarta-feira (15) a CINDRA aprovou por unanimidade o
substitutivo do parlamentar.
“Segui
orientações feitas por representantes do Ministério Público. Atualmente a
fiscalização está baseada principalmente na análise documental. Porém, entendo
que a vistoria deve abranger avaliação de indicadores que comprovem a segurança
da estrutura, conforme definido em regulamento e minhas ressalvas adicionadas à
matéria são referentes à avaliação desses indicadores de segurança de
barragens, conforme o regulamento”, observa Alan Rick.
“A segurança das
barragens de rejeitos tem sido objeto de intensa preocupação no Brasil após o
desastre de Mariana, o meu projeto foi acolhido pelo deputado Alan e ele fez um
substitutivo incluindo alguns aspectos que o debate sugeriu. Com isso fiquei
muito grato, porque ele aperfeiçoou as ideias colocadas no conteúdo da minha
matéria, e ainda foi aprovado por todos da Comissão”, explica Arnaldo Jordy,
autor de um dos PLs.
Desastres com
rompimento de barragens são frequentes no Brasil, especialmente com aquelas
destinadas ao acúmulo de rejeitos. De acordo com o Professor Aloysio Portugal
Saliba, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos da UFMG,
que proferiu palestra em audiência pública da Comissão Externa sobre o
Rompimento da Barragem de Mariana, as barragens de rejeito da mineração são
construídas e, muitas vezes, alteradas ao longo de toda a operação, o que faz
com que o controle sobre elas tenha que ser mais rigoroso.
Agora a matéria
segue para a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS),
Minas e Energia (CME), Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) e em
seguida para o plenário.
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