sábado, 23 de fevereiro de 2013

Grâ Bretânia: Mâe pede reforma no sistema de saúde após morte da filha anoréxica, pesando 31kg.

Uma jovem de 18 anos morreu duas semanas depois de ser liberada de um hospital na cidade de Bristol, na Inglaterra. De acordo com o jornal Telegraph, os médicos pretendiam verificar se ela conseguiria seguir as recomendações médicas em casa. Laura Willmott sofria de anorexia e morreu pesando 31 quilos. O caso foi parar na Justiça.

A mãe de Laura, Vickie, uma experiente enfermeira, acredita que o sistema de saúde britânico contribuiu para a morte da filha. Ela disse que a condição da jovem começou a piorar nove meses antes, quando ela decidiu abandonar um programa de saúde mental do qual fazia parte. Quando atingiu a maioridade, os especialistas disseram que ela já era uma adulta e podia tomar as próprias decisões. A partir daí, a saúde de Laura deteriorou.

A jovem já lutava contra a anorexia há cinco anos. De acordo com o tabloide britânico Daily Mail, ela mal conseguia andar quando chegou ao hospital e, apesar da péssima condição de saúde, foi liberada 11 dias depois. Laura entrou em colapso em casa. Ela chegou a voltar para o hospital, mas não resistiu.

Os pais dela condenam as autoridades por terem permitido que a filha assumisse o controle total do tratamento depois que completou 18 anos. A partir daí, o sistema passou a considerá-la uma adulta. "Responsável pelos próprios atos", Laura concordou com a alta e prometeu seguir o tratamento em casa. Depois que foi liberada, a jovem se recusou a seguir a dieta estabelecida pelos médicos.

- Não estou tentando acusar ninguém - frisou a mãe. - Mas é claro que esse sistema de transição da adolescência para a fase adulta, aos 18 anos, não está funcionando.

Vickie contou que a filha não estava em condições físicas nem psicológicas para tomar decisões. Depois que ela assumiu as rédeas do próprio tratamento, a saúde dela piorou bem rápido.
- Ela se tornou mais e mais frágil, e expressou para mim o medo de morrer - relembrou a mãe. - Mesmo que ela já estivesse se deteriorando perante os nossos olhos, Laura continuava a ser considerada capaz de tomar as próprias decisões.

Quando a filha recebeu alta, Vickie ficou muito angustiada. O psiquiatra que cuidava dela, Hugh Herzig, disse que a liberação foi uma experiência.
- Eu não sabia qual resultado teria ao enviá-la para casa, mas senti que era um experimento, para usar a palavra, um passo muito importante a ser tomado - disse o médico, no tribunal.
 
Fonte:Extra.globo.com

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