Um
grupo
de indígenas que ocupa o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo
Monte, no Rio Xingu (PA), desde a última quinta-feira (2) permanece no local e
mantém as obras paralisadas. Eles pedem que as obras de todos os
empreendimentos hidrelétricos na Amazônia sejam suspensas até que o processo de
consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), seja regulamentado.
Na
sexta-feira (3), segundo informações do consórcio responsável pela obra, os
manifestantes não indígenas foram retirados da ocupação após a execução de um
mandado de reintegração de posse. No entanto, cerca de 60 índios permanecem no
local. Eles ocupam a área administrativa do Sítio Belo Monte, um dos três
grandes canteiros de obras do empreendimento, localizado a 55 quilômetros de
Altamira (PA). Os indígenas estão dormindo em redes e em duas salas que
funcionam como escritórios.
Desde
a ocupação, não foram registrados atos de violência ou danos ao patrimônio.
Cerca de 3 mil trabalhadores que moram nas instalações do canteiro de obras
também estão no local, mas por ser domingo – dia de folga – a rotina segue
tranquila, segundo o consórcio.
O grupo responsável espera retomar as obras amanhã (6) e informou que vai aguardar o resultado da negociação entre as lideranças indígenas e representantes do governo federal. No entanto, não descarta a possibilidade de pedir à Justiça um mandado de reintegração de posse para a retirada dos indígenas.
O grupo responsável espera retomar as obras amanhã (6) e informou que vai aguardar o resultado da negociação entre as lideranças indígenas e representantes do governo federal. No entanto, não descarta a possibilidade de pedir à Justiça um mandado de reintegração de posse para a retirada dos indígenas.
Fonte : Agencia Brasil
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