quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Após 6 meses de cadeia, Neuzari é solto através de um alvará vindo de Brasília.


O prefeito afastado de Porto Walter Neuzari Pinheiro, seus dois filhos Demerval Sebastião Pinheiro Lima, David Pinheiro Lima e seu irmão Arenilton Correia Pinheiro deixaram o Presídio Manoel Neri da Silva de Cruzeiro do Sul, por volta das 20h de terça-feira (23). Eles estavam presos desde o dia 22 abril acusados de peculato, formação de quadrilha e ocultação de bens de origem Ilícita, além de falsidade ideológica.

O alvará de soltura veio do Tribunal Regional Federal da Primeira Região em Brasília (TRF1). A revogação da prisão preventiva de Neuzari foi concedida mediante uma série de condições descritas em um termo de compromisso assinado pelo prefeito. Os critérios do termo foram estabelecidos pela Justiça Federal do Acre, em caso de descumprimento o prefeito será novamente recolhido.

Segundo a Polícia Federal que realizou as prisões em flagrante, o prefeito, seus filhos e o irmão faziam parte de um esquema que envolvia a transferência ilegal de terrenos da União para empresas pertencentes ao grupo. O prefeito segue afastado do cargo.
Segundo as investigações, 103 terrenos totalizando uma área superior a 34 mil m² haviam sido transferidos para a empresa D. N. CONSTRUÇÕES LTDA, de propriedade do irmão de Neuzari e um de seus filhos. Outros 11 terrenos foram transferidos para o próprio Neuzari, num total de 3.500 m² de área urbana, e 10 terrenos totalizando mais de 4 mil m² para a empresa individual de seu outro filho.

A defesa do prefeito afirma que os terrenos pertencem a sua família há mais de 30 anos e acredita na inocência plena por tais acusações.
Neuzari foi condenado recentemente pelo Tribunal de Justiça do Acre a mais de 11 anos de prisão em regime inicialmente fechado, mas só vai para a cadeia após o processo transitar em julgado, ou seja, quando se esgotarem todas as possibilidades de recursos. A condenação foi por desvio de dinheiro público através de notas fiscais frias para efetuar pagamentos de supostos serviços de transporte de cargas, materiais e pessoas, construção, preservação e limpeza de calçamento e vias públicas etc. com cheques endossados pela própria Prefeitura de Porto Walter.

Juruá Online

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