O Marketing de Rede, como é conhecido, é um sistema que movimenta,
através de rede de computadores, bens e serviços legítimos e com valor
comercial ou financeiro apurável, sem a presença de distribuidores ou
atacadistas intermediando a transação, ou seja, As operações se realizam de
forma direta entre fabricante ou prestador de serviço e o consumidor final.
Esta transação direta pode ser efetuada por uma
pessoa física ou jurídica, o que minimiza os gastos com investimento e custeio
da operação, visto que os custos que envolvem estes processos são diluídos
pelos próprios membros, que se encarregam de divulgar os produtos ou serviços
que estão sendo alvo do marketing de rede, possibilitando que parte do lucro
seja repassada, como devolução, aos chamados distribuidores, que nada mais são
do que membros da rede.
O empreendedor autônomo, que trabalha com o
marketing de rede, pode ser considerado um empresário, já que atua de forma
independente, porém, seguindo ditames de um plano de marketing maior, ao qual aderiu,
tendo estes suas regras próprias de funcionamento, obedecendo à legislação
pátria.
Esta atividade, marketing de rede, consiste,
basicamente, em conversar com várias pessoas criando novos relacionamentos, e
ainda, trazendo para dentro do sistema novos recrutas, movimentando, assim, a
cadeia de bens de consumo ou serviços a estes atrelados.
O MARKETING DE PIRÂMIDE
O marketing de pirâmide, por sua vez, tem como sua
principal característica a movimentação de capital, não se atendo a qualquer
tipo de bens e serviços, como o marketing de rede. A legislação brasileira
prevê como crime, tipificado no artigo 2º, inciso IX, da Lei 1.521/51, a
prática de atividade de pirâmide, com a movimentação de capital sem qualquer
troca ou oferta de produtos e/ou serviços.
O esquema de pirâmide, como modelo comercial,
depende basicamente do recrutamento progressivo de novos entrantes no esquema,
e de forma perene, sem a qual o sistema não se sustenta.
Este esquema, diferentemente das atividades
praticadas pela Telexfree, pela sua falha funcional, só beneficia quem está
situado no topo da pirâmide, prejudicando e expondo a risco imensurável as
pessoas que se situam na base da pirâmide, que aderiram ao sistema, quetende à
exaustão, não restando qualquer possibilidade de ascensão ou ganhos para
recuperar o valor investido.
CASO TELEXFREE
As atividades praticadas pela Telexfree, no Brasil,
são claramente Marketing de Rede, pois a própria dinâmica de funcionamento da
atividade tende a levar o membro aderente ao topo de uma estrutura, não o
deixando congelado como seria no sistema piramidal. Outra grande diferença
entre as atividades da Telexfreee o “Marketing de Pirâmide” é que existe uma
ruptura na cadeia estrutural temporal, ou seja, a cada período de 12 meses, a
estrutura tem que se renovar, permitindo que ocorram mudanças no posicionamento
ou mesmo uma nova linha hierárquica posicional dos membros da rede, destoando
assim e, de forma cabal, eliminando qualquer comparação neste sentido.
Impende, também, destacar que as atividades dos
membros da Telexfree, desde que praticadas com afinco, permitem aos que assim
procedem ganhos superiores aos membros dos quais estão, inicialmente
vinculados, já que os ganhos advêm do esforço direto da produção própria e dos
membros a ele conectados, resultantes da comercialização de pacotes VOIP
(telefonia sobre protocolo IP da internet).
Ademais, o retorno financeiro, e que sustenta as
atividades da empresa Telexfree, não se dá pela adesão de novas pessoas, mas
sim pelas vendas dos pacotes de telefonia VOIP, que têm pagamento mensal a um
custo muito menor que os das operadoras de telefonia atuantes no país e
renovação destes contratos.
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