Corrupção
de agentes penitenciários, comércio de drogas e celulares, além da ausência de
políticas de reabilitação. Esses são alguns dos fatores que tornam o sistema
carcerário do Acre, formado por sete unidades, em um verdadeiro ‘barril de pólvora’.
Para agravar ainda mais a situação, a droga entra pela cozinha do presídio
estadual Francisco de Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco.
As
revelações são da juíza Luana Campos, que atua na Vara de Execuções Penais,
feitas oito dias após o Conselho Nacional do Ministério Público divulgar um
estudo inédito sobre o sistema penitenciário brasileiro, a partir de um
levantamento de dados feito em todos os estados e no Distrito Federal.
Sem
raio-x, raquetes adequadas para fazer revistas, detectores de metais, o FOC é
considerado frágil. Em entrevista exclusiva ao ac24horas, Luana Campos
aponta outro problema que é a corrupção de agentes penitenciários. Segundo a
juíza, além da droga, entra celular e outros objetos nos presídios de Rio
Branco. No FOC, a cozinha é a porta de entrada.
“Nós
já solicitamos a empresa Tapiri que é quem faz a comida na penitenciária, que
providencie câmeras de monitoramento para melhorar essa situação. Mas a grande
luta mesmo é com a fragilidade total de segurança no presídio”, comentou.
A
responsável pela Vara de Execuções Penais não descarta a possibilidade de
entrada de armas. Afirma ainda que é inadmissível que um complexo como o FOC
apresente grau de fragilidade tão grande. “Eu tenho feito a cobrança dos órgãos
públicos, sem respostas a minha última competência seria mandar interditar o
local”, disse a juíza.
Luana
Campos revelou que não envia mais relatórios para a Secretaria de Direitos
Humanos do Governo do Acre, mas para o Departamento Penitenciário Nacional
(Depen) órgão brasileiro responsável pela fiscalização dos presídios de todo o
país.
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