Agricultor Gregório Steinmedc
deve ter alta nos próximos dias.
Ele usava a motosserra para cortar lenha quando sofreu o acidente.
O
homem que percorreu cerca de 50 quilômetros com uma serra elétrica cravada no
abdome no Rio Grande do Sul passa bem e deve
ter alta nos próximos dias do Hospital Vida e Saúde, em Santa Rosa, na Região
Noroeste do estado. Conforme a assessoria do hospital, o agricultor Gregório
Steinmedc está se alimentando bem e mostrando boa disposição.
Morador
do município de Campina das Missões, o homem de 56
anos precisou viajar até a cidade vizinha e aguardar por uma cirurgia por cerca
de duas horas na segunda-feira (10). Ele usava a motosserra para cortar lenha
no galpão de casa quando sofreu o acidente.
O
homem pediu ajuda à esposa Frida Maria Steinmedc, que lembrou de uma lição
aprendida nas aulas de primeiros socorros que fez para obter a permissão para
dirigir. “Ele queria tirar e eu disse que não, não poderíamos tirar, tínhamos
de ir ao hospital”, conta a agricultora.
O
casal deixou a residência em Campina das Missões e, após um primeiro
atendimento no município, soube que teria de viajar até o Hospital Vida e
Saúde, de Santa Rosa. Segundo Steinmedc, foram duas horas com a motosserra
presa ao abdome. “Eu tinha fé. Sou forte. Não tinha medo de morrer”, declarou.
A
cirurgia durou outras duas horas e meia. Segundo o cirurgião Maurício Romano,
responsável pelo procedimento, o corte causado pela motosserra teve 10 cm de
profundidade, mas não perfurou nenhum órgão vital. A postura da mulher do
agricultor e das enfermeiras que o atenderam ainda em Campina das Missões
salvaram a vida dele, diz o médico.
“Houve
um tratamento pré-hospitalar adequado. A equipe de enfermagem de Campina das
Missões não retirou a serra. Se tivesse retirado a serra durante o transporte,
poderiam ter tido uma hemorragia da parede abdominal e causado a morte",
comentou o cirurgião.
Já
recuperado do procedimento, ele diz que nunca mais pretende passar perto de uma
motosserra. “Nunca mais. Essa eu jurei de pé junto que eu não vou pegar mais.
Agora eu vi que é perigoso”, declarou.
Portal G1
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