sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Aposentada de 71 anos se emociona perto de concluir ensino médio e curso de informática.

donarosa “Venho a pé, todos os dias, há quatro meses. São 10 quilômetros, vinda e volta, para o melhor momento do meu dia", diz dona Rosa Martins de Castro


Numa sala bem refrigerada, uma turma com 20 alunos. No meio da maioria de jovens uma aluna chama atenção pelo exemplo incomum. Aos 71 anos, a aposentada Rosa Martins de Castro ensina uma lição à parte. “Venho a pé, todos os dias, há quatro meses. São 10 quilômetros, vinda e volta, para o melhor momento do meu dia. Aprender informática é a única coisa que me deixa feliz. Vou concluir meu curso se Deus quiser”.
Na primeira semana de setembro, dona Rosa Martins de Castro terá dominado todo o conhecimento dos pacotes básicos de computação, incluindo digitação, Word, Windows e Excel.
Natural de Cuiabá (MT), a aposentada chegou ao Acre em 1975. De Rio Branco jamais saiu. Tem um filho e uma neta e mora sozinha no bairro Santa Inês, de onde se desloca até o centro da cidade para estudar.
Dona Rosa lembra, meio chorosa, a abnegada função de professora de datilografia, graças a um curso ofertado pela extinta Legião Brasileira de Assistência (LBA), numa época sem qualquer prenúncio de que a tecnologia avançaria tanto.
“Formei muitos alunos. Agora quero aprender todo o básico sobre computadores, junto com minha formação no ensino médio. Sou aluna do EJA [Ensino para Jovens e Adultos]. Não posso?”, indaga, sorridente. “Desde que tenha interesse, é importante. Não importa a idade”, acrescenta.
Uma olhadela disfarçada na tela do computador, se vê a lição primária daquela velha técnica de digitar sem olhar para o teclado com certa velocidade, usando todos os dedos da mão, desde o mindinho até o polegar: “asdfg”.
Ao lado, o colega Francisco Ribamar, também aluno, é o escape de dona Rosa. “Quando não quero incomodar o professor, peço ajuda ao meu amigo aqui”, conta ela. “É bonito de ver. Sinto prazer em ajudá-la”, afirma o rapaz.
O instrutor Osmir da Silva já teve um aluno com 87 anos, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial. “Não há idade, sexo ou gênero para a internet. O exemplo da dona Rosa contagia a gente. Ela estuda e se exercita, porque, por opção própria, vem e volta caminhando”,  conclui o professor.

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Um comentário:

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