Cheia do Rio Madeira prejudica transporte de medicamentos
para o estado.Rede de farmácias registrou queda de 15% nas vendas em março.
Com
dificuldades no tráfego na BR-364, devido à cheia do Rio Madeira, em Rondônia,
drogarias de Rio Branco buscam alternativas para evitar a falta de
medicamentos. A saída encontrada pelos empresários foi fretar aviões para fazer
o transporte destes produtos, o que gera prejuízos no setor e deve provocar um
reajuste nos medicamentos.
Gerente de compras de uma rede que distribui medicamentos para cerca de 300 drogarias no Acre e parte do Amazonas, Evilásio Machado diz que a cheia do Madeira prejudicou 95% das entregas de medicamentos para a região.
"Como a gente é obrigado a manter um estoque alto, por causa da distância dos grandes centros, até o mês passado, ainda tivemos uma demanda boa, mas a partir do mês de abril já teremos ruptura. Tivemos que cancelar pedidos, solicitar que algumas indústrias enviassem via aérea, mas já estamos com estoque de medicamentos bem comprometido, mas esperando que cheguem essa semana", comenta.
Ele diz que ainda não calculou os prejuízos causados com a cheia. "Não demitimos ninguém, mas há uma crise", admite.
De acordo com ele, medicamentos mais comuns, como analgésicos, estão escassos. "Dorflex não temos, alguns analgésicos, anti-inflamatórios, antigripais estão em falta", diz.
Gerente de compras de uma rede que distribui medicamentos para cerca de 300 drogarias no Acre e parte do Amazonas, Evilásio Machado diz que a cheia do Madeira prejudicou 95% das entregas de medicamentos para a região.
"Como a gente é obrigado a manter um estoque alto, por causa da distância dos grandes centros, até o mês passado, ainda tivemos uma demanda boa, mas a partir do mês de abril já teremos ruptura. Tivemos que cancelar pedidos, solicitar que algumas indústrias enviassem via aérea, mas já estamos com estoque de medicamentos bem comprometido, mas esperando que cheguem essa semana", comenta.
Ele diz que ainda não calculou os prejuízos causados com a cheia. "Não demitimos ninguém, mas há uma crise", admite.
De acordo com ele, medicamentos mais comuns, como analgésicos, estão escassos. "Dorflex não temos, alguns analgésicos, anti-inflamatórios, antigripais estão em falta", diz.
Ele não descarta também, a possibilidade que faltem medicamentos para doenças crônicas. "O paciente pode sim ficar sem medicamento e ter o tratamento interrompido", alerta.
Farmacêutico
de uma drogaria em Rio Branco, Alexandre Thomazini confirma que alguns
medicamentos e suplementos já estão em falta no local e devem chegar ao estado
por meio de avião. Por esse motivo, um reajuste será inevitável. "O
produto vai encarecer devido ao frete. É uma situação que não tem muito o que
fazer, só aguardar mesmo", diz.
Pego
de surpresa com a interdição da BR-364, o gerente regional da rede de farmácias
Pague Menos, Rodrigo Lima diz que março foi o mês em que registrou mais
prejuízos para a rede no estado.
"Como
nossa mercadoria vem toda de caminhão, em fevereiro eu não tive mais acesso a
esses produtos. Então até que a gente fizesse um levantamento do que seria
necessário para que esses produtos chegassem de avião demorou cerca de 20 a 30
dias. Para se ter uma ideia, em março recebemos uma única vez, uma remessa de 9
toneladas de medicamentos", destaca.
Fato
que, segundo Lima, acarretou em uma queda de 10% a 15% nas vendas da rede. A
saída, diante do desabastecimento foi recorrer aos voos fretados, o que gerou
novos prejuízos para a empresa. "Nosso medicamento sai de Fortaleza, passa
por Mato Grosso e vai parar em Rondônia, após estudos, resolvemos fretar os
aviões. Ou seja, um frete que antes era incluso, passou a sair bem mais caro,
temos uma despesa fixa semanal para fazer com que essa mercadoria chegue ao
Acre", explica.
Em
março, o gerente conta que chegou a faltar alguns medicamentos e itens
essenciais para os clientes. "Faltou fralda, leite, ficamos sem
medicamento para diabetes,
o que não pode faltar de forma alguma. Para resumir, faltou medicamento geral,
antibióticos e controlados", diz.
Apesar
de não ter um valor estipulado do prejuízo, Lima atribui ao frete, grande parte
desse desequilíbrio nas finanças da empresa. Pois, a empresa comprava
mercadoria e esse valor estava incluso. Atualmente, o fretamento pode chegar ao
valor aproximado de R$ 50 mil em uma remessa. Fator que reflete nos preços dos
medicamentos. "Esse reajuste é inevitável, ele deve girar em torno de 3% a
4% em cima do produto", ressalta.
Calamidade
pública
O governador Tião Viana (PT-AC) decretou situação de calamidade pública no Acre, na última segunda-feira (7). O estado já estava em situação de emergência desde o dia 26 de fevereiro.
O governador Tião Viana (PT-AC) decretou situação de calamidade pública no Acre, na última segunda-feira (7). O estado já estava em situação de emergência desde o dia 26 de fevereiro.
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