Pr. Silas Malafaia
A
origem do Carnaval ainda é desconhecida. As primeiras referências a ele estão
relacionadas a festas agrárias. Alguns atribuem seu surgimento aos cultos de
agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela colheita, realizados
na Grécia durante o século 7 a.C. A festividade incluía orgias sexuais e
bebidas, e os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência
de classes sociais.
As
folias do Carnaval também estão às festas pagãs romanas, marcadas pela
licenciosidade sexual, bebedeira, glutonaria, orgias coletivas e muita música.
Eram conhecidas como bacanais (em homenagem a Baco, o deus do vinho e da
orgia), lupercais (em homenagem ao deus obsceno Pã, também chamado de Luperco)
e saturnais (em homenagem ao deus Saturno, que, segundo a mitologia grega,
devorou seus próprios filhos).
Com
o advento do cristianismo, a Igreja Católica Apostólica Romana começou a tentar
conter os excessos do povo nessas festas pagãs e a condenar a libertinagem.
Porém, com a resistência popular, em 590 d.C. ela própria oficializou o
Carnaval dando origem ao “carnaval cristão”, quando o Papa Gregório I marcou
definitivamente a data do Carnaval no calendário eclesiástico.
Esse
momento de grandes festejos populares antecedia a Quaresma, período determinado
pela Igreja Católica para que todos os anos os fiéis se dedicassem, durante 40
dias, a assuntos espirituais, antes da Semana Santa. No período que ia da
Quarta-feira de Cinzas até o Domingo de Páscoa, o povo deveria entregar-se à
austeridade e ao jejum, para lembrar os 40 dias que Jesus passou no deserto
consagrando-se.
Como
o povo enfrentaria um longo período de privações e abstinência, alguns
“carnais” permitiram que o povo cometesse então algumas extravagâncias antes.
Às vésperas da Quaresma, os cristãos fartavam-se de assados e frituras entre o
domingo e a “terça-feira gorda”. O que deveria ser apenas uma festa religiosa
acabou assimilando os antigos costumes de libertinagem e bebedeiras.
Esses
dias de “vale-tudo” que antecedem a Quaresma, em que as pessoas ficam 40 dias
sem comer carne, passaram a ser chamados de adeus à carne, que em italiano é
carne vale, ou carnevale, resultando na palavra carnaval.
A
Quarta-feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma, simbolizava o momento em que
as pessoas se revestiam de cinzas, evocando que do pó vieram e para o pó
retornariam, e ingressavam no período em que a Igreja celebra a paixão, a morte
e a ressurreição de Jesus Cristo.
Visto
que até hoje essa festa da carne traz consequências físicas, morais e
espirituais degradantes, estampadas nos noticiários da Quarta-feira de Cinzas,
aconselho aos que não participam do Carnaval que continuem de fora; e, aos que
participam ou pretendem participar, meu conselho é 1 João 2.16: Porque tudo o
que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. Sendo assim, não convém ao
cristão, mesmo a título de curiosidades, participar dessa festividade.
SUGESTÕES
DE LEITURA:
Salmo
1.1; Tiago 1.2-4; Apocalipse 22.15
Portal Verdade Gospel
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