Às 14h desta quinta-feira (2), ao colocar em pauta a ação penal 470,
mais conhecida como o processo do mensalão, o Supremo Tribunal Federal (STF)
começa a julgar o caso considerado de maior relevância em seus 183 anos de
história. A previsão é de que a análise avance pelo mês de setembro.
A amplitude do caso, que colocou no banco dos réus políticos,
empresários e servidores, se reflete nos números superlativos do processo: 38
acusados, 50.389 páginas, 234 volumes, 500 apensos (documentos que foram
juntados à ação ao longo do tempo) e mais de 600 testemunhas.
Cinco
anos após aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), a
Suprema Corte iniciará o julgamento do mensalão com incertezas em torno do
número de magistrados que irá apreciar se condena ou absolve os envolvidos no
suposto esquema de compra de votos no Congresso entre 2003 e 2004, início do
mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A origem do mensalão
O suposto pagamento de mesada a parlamentares em troca de apoio político no Congresso veio à tona em 2005, em uma entrevista do ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), ao jornal "Folha de S.Paulo". À época, o dirigente foi envolvido em denúncias de pagamento de propina nos Correios.
Os fatos narrados pelo dirigente petebista foram investigados
pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e por três CPIs no
Congresso. As evidências coletadas atingiram a cúpula de quatro partidos (PT,
PP, PL [atual PR] e PTB), derrubaram dois ministros, levaram quatro deputados a
renunciar e culminaram na cassação de outros três parlamentares.
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