MANAUS – O
Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) revelou que o índice de degradação
florestal caiu 93% na Amazônia.
A retração no desmatamento foi registrada em junho, em comparação ao mesmo
período de 2011. Ainda assim, o total de áreas desmatadas detectadas na região,
no último mês, somou 14,5 quilômetros quadrados, segundo números do Instituto
do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
As florestas degradadas na Amazônia Legal
somaram 14,5 quilômetros quadrados em junho de 2012, quase 100% a menos que os
registros de junho de 2011, quando a degradação florestal somou 193 quilômetros
quadrados. Grande parte (45%) dessa degradação ocorreu no Mato Grosso.
No acumulado de agosto 2011 a junho 2012, a área degradada atingiu 1.974
quilômetros quadrados.
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A área desmatada detectada na
Amazônia foi de 34,5 quilômetros. O número representou uma diminuição de 66% em
relação a junho de 2011, quando o desmatamento somou 100,5 quilômetros
quadrados. Devido a cobertura de nuvens, foi possível monitorar 73% do
território, um valor maior que junho de 2011 (65%). Em junho de 2012, 60% do
desmatamento ocorreram no Pará.
Em seguida aparece o Amazonas com 28%. O restante
(12%) ocorreu no em Rondônia (6%) e Mato Grosso (6%).
O desmatamento acumulado no período de agosto de 2011 a junho de
2012 totalizou 907 quilômetros quadrados. Houve redução de 41% em relação
ao período anterior (agosto de 2010 a junho de 2011) quando o
desmatamento somou 1.534 quilômetros quadrados.
Em junho de 2012, o
desmatamento detectado pelo SAD comprometeu 960 mil toneladas de CO2
equivalente. No acumulado do período, as emissões de CO2 equivalentes
comprometidas com o desmatamento totalizaram 74 milhões de toneladas, o
que representa uma redução de 18% em relação ao período anterior (agosto
de 2010 a junho de 2011).
Uma pesquisa realizada por
cientistas britânicos releva que pelo menos 80% das espécies que hoje vivem em
áreas que estão sendo degradadas na Amazônia deverão entrar em extinção. Os
cálculos dos cientistas mostram que 43 espécies da
fauna e flora amazônica já estão em processo de desaparecimento.
De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, a derrubada da
floresta nos nove estados da região recuou em 50%, se comparado a 2010. Para os
próximos seis anos, o IBGE prevê uma redução de 77% no desflorestamento em toda
a Amazônia Legal.
Ainda hoje, um dos principais
problemas que contribui para o índice negativo do desflorestamento amazônico
são as queimadas e incêndios florestais. Só em 2011, o número de focos de calor
detectados por satélites chegou a mais de 61 mil. Em 2010, este número fechou
na casa dos 130 mil. Os dados representam uma queda de quase 50%. Saiba mais
Fonte Portal amazônia
Por João Bras
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