Ex-senadora
e ex-ministra do Meio Ambiente durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, a política acreana Marina Silva rompeu com o presidenciável Eduardo
Campos (PSB-PE) no acordo que ambos fecharam quanto às eleições deste ano, no
Estado de São Paulo. No comunicado que Marina distribuiu, no sábado, ela
anunciou que a Rede Sustentabilidade não seguirá a aliança entre o PSB e o
governador Geraldo Alckmin, do PSDB paulista.
Campos e
Alckmin concordaram que o deputado Marcio França (PSDB-SP) será candidato a
vice ou ao Senado na chapa tucana. Marina não gostou e publicou a nota,
intitulada “Decisão do diretório do PSB de SP de apoiar o projeto político do
PSDB no Estado”.
Leia o documento
“Juntamente com todos os
integrantes da Rede Sustentabilidade, discordo da indicação aprovada ontem na
reunião do diretório estadual do PSB de São Paulo de apoiar o projeto político
do PSDB. Para nós, isso é um equívoco. Consideramos necessário manter
independência e lançar uma candidatura própria, que dê suporte ao projeto de
mudança para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que dê ao povo de São
Paulo a chance de fazer essa mudança também no âmbito estadual.
“A Rede Sustentabilidade não
seguirá essa indicação. Em todo o país, estamos debatendo o assunto e apoiando
nossos companheiros de São Paulo na busca de uma alternativa que supere a velha
polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de Eduardo
Campos, que demonstre uma nova forma de fazer política e, principalmente, que
represente os ideais de democracia e sustentabilidade expressos no programa de
nossa Aliança.
“Esperamos que os companheiros
do PSB, em sua convenção estadual, não levem adiante essa proposta. Nesse
sentido, manteremos o diálogo aberto e respeitoso. Mas, desde já, deixamos
clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos
caminho próprio e independente em São Paulo.
“A nova força política que
emerge no Brasil, interpretando o desejo de mudança tantas vezes manifestado
por milhões de pessoas, encontrará também em São Paulo sua legítima expressão”.
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