sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Caravana de Cultura e Humanização retrata a história do município de Jordão.


A pequena cidade tem a maior altitude no estado do Acre, com 278 metros
O oitavo município a ser visitado pela caravana no último final de semana, foi o Jordão. Admirado pelos moradores por ser localizado entre o encontro do Rio Jordão e Rio Tarauacá e pela grande concentração de índios Kaxinawás. Limita ao norte com o município de Tarauacá, ao sul com o Peru, a leste com o município de Feijó e a oeste com o município de Marechal Thaumaturgo.
Durante a passagem da Caravana de Cultura e Humanização pelos municípios do estado do Acre a equipe faz o levantamento histórico das cidades, a fim de, garantir a visibilidade de pessoas, seus bens materiais e imateriais (acervos, memórias, celebrações, ofícios, sabres, fazeres) além de seus cotidianos tão importantes para a história social do Estado.
A pequena cidade tem a maior altitude no estado do Acre, com 278 metros. Surgida no período áureo da borracha, a Vila Jordão só ganhou o status de município no dia 28 de abril de 1992 quando por força da Lei 1.034 teve seu território de 6.695,5 km² desmembrado do município de Tarauacá.
Com 6.059 habitantes dos quais 86% vivem na Zona Rural e 14% na urbana, Jordão tem sido notícia nacional por conta da existência de índios arredios em seu território. Sua economia é voltada para o extrativismo da borracha e essências florestais. Na região há grande quantidade de palmeiras de dendê nativa.
A agricultura ganha destaque cada vez mais, com grandes produções de milho, alho, feijão e amendoim. É a única localidade do Acre em que se cultivam tantas variedades. Praticamente toda a produção vegetal e animal são comercializados em Tarauacá ou localidades do Amazonas.
Marcas do primeiro ciclo da borracha
Localizado a 15 minutos de barco do município de Jordão, o seringal Boa Vista ainda guarda riquezas do primeiro ciclo da borracha no Acre, período de 1879 a 1912. No local é possível encontrar antigas garrafas que foram trazidas de outros países, como Portugal e Espanha. Os moradores também contam quem existe um cemitério localizado no meio do seringal, também da época do primeiro ciclo da borracha.
“Morei no Boa Vista toda a minha vida, e sempre nós encontramos esse materiais por aqui, a principio não tinha certeza da importância deles, mas sempre senti que devia guardá-los, por isso procuro tentar conservar cada objeto da melhor forma”, conta a agricultora Maria Rita Gomes.
O ciclo da borracha foi um momento importante da história econômica e social do Acre, relacionado com a extração de látex e comercialização da borracha. Teve o seu centro na região amazônica, e proporcionou expansão da colonização, atração de riqueza, transformações culturais e sociais.





Fala Jordão. Fotos João Bráz

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