terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Saúde

Parceria entre Saúde Itinerante e TFD reduz demanda de viagens para tratamento em Rio Branco 

Criado há  11 anos, programa oferece hoje 23 especialidades e mutirões de cirurgias
Criado pelo médico e então senador Tião Viana em 1997 como ação voluntária, o Saúde Itinerante passou a integrar os programas formais da Secretaria de Saúde em 2000 com o objetivo de levar serviços de saúde às regiões mais isoladas do Estado (Gleilson Miranda/Secom)
Criado pelo médico e então senador Tião Viana em 1997 como ação voluntária, o Saúde Itinerante passou a integrar os programas formais da Secretaria de Saúde em 2000 com o objetivo de levar serviços de saúde às regiões mais isoladas do Estado (Gleilson Miranda/Secom)
Criado pelo médico e então senador Tião Viana em 1997 como ação voluntária, o Saúde Itinerante passou a integrar os programas formais da Secretaria de Saúde em 2000 com o objetivo de levar serviços de saúde às regiões mais isoladas do Estado (Gleilson Miranda/Secom)
Há 11 anos uma iniciativa que reuniu de forma voluntária profissionais médicos, de enfermagem e pessoas preocupadas em levar atendimento de saúde às comunidades mais longínquas do Acre representa hoje um dos programas de maior alcance social do governo do Estado. Em um período em que o acesso rodoviário aos municípios era precário ou inexistente, o Saúde Itinerante foi idealizado com a missão de levar serviços básicos de saúde à população residente nessas localidades. Desde a primeira edição, em 2000, o programa já promoveu mais de 150 mil consultas e este ano atinge um novo patamar ao inserir os mutirões de cirurgia no cronograma oferecido a pacientes triados pelo departamento de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) da Secretaria de Estado de Saúde.
A parceria entre o Saúde Itinerante e o TFD não é inédita, mas foi fortalecida em 2011 com o reforço de um número maior de especialistas, exames mais complexos e a realização dos mutirões. O número de laudos represados de pacientes à espera por uma vaga no Hospital das Clínicas foi o ponto de partida para que a coordenação do programa propusesse ação rápida e com cobertura mais ampla que a anterior. Este ano, o programa ofereceu nos atendimentos itinerantes, formatados para suprir a demanda reprimida de TFD, 12.178 consultas, 3 mil exames e dezenas de cirurgias em 23 especialidades médicas representando uma economia financeira em torno de R$ 1,7 milhão para a Sesacre.
Os custos com a composição da equipe itinerante incluindo passagens, hospedagem, alimentação e diárias somou R$ 300 mil. “Isso é só  o ponto de vista financeiro, mas o custo benefício social desse programa é muito maior e mais importante”, explica a coordenadora do programa Celene Prado Maia. Ela refere-se ao acesso ao tratamento de saúde na própria cidade, próximo da família e que confere ao paciente a possibilidade de recuperação em menor tempo pelo fato de se sentir melhor acolhido.
Este é  o caso de Zuila Nogueira, professora, 40 anos e que há 20 fazia o percurso entre o seu município e a capital acreana em busca de tratamento. Ela deveria passar por consultas no Hospital das Clínicas em novembro e comemorou ao receber a notícia de que faria a cirurgia em Cruzeiro do Sul durante a realização do programa Saúde Itinerante no fim de outubro. As viagens que ocorriam em períodos de seis em seis meses causavam desgaste emocional, físico e financeiro e agora poderão ser mais esporádicas.
A equipe composta por 18 médicos de 11 especialidades embarcou para o Vale do Juruá apta a realizar de exames simples a complexos de suas áreas, além de pequenas cirurgias. Uma triagem prévia selecionou 455 pacientes nestas condições, mas o número de atendimentos foi bem maior que o previsto. Aqueles que passavam na consulta do cardiologista, por exemplo, e relatavam outras queixas eram encaminhados imediatamente para outro especialista, segundo explicou Edina Monteiro, gerente do departamento de TFD da Secretaria de Estado de Saúde do Acre. Moradores dos municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo também foram atendidos pelas equipes de saúde.
Com a BR-364 trafegável, um grupo de pacientes da Oncologia foi submetido a consultas e exames e pode dar prosseguimento ao tratamento sem precisar se deslocar até a capital. Eles foram de ambulância de Feijó e Tarauacá  até Cruzeiro do Sul e receberam todo o suporte durante o período em que ficaram no município. “Não é só mandar médicos. Temos que pensar em toda a estrutura que esses médicos precisam para resolver os casos”, explica a coordenadora do programa Celene Prado Maia.

Fonte ag. de noticias do Acre 

 

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