Governo e sociedade se unem pela recuperação do Rio Acre
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, em parceria com o Instituto de Meio Ambiente, Secretaria de Estado de Floresta e Secretaria de Produção Familiar, implantou neste sábado, 17, a segunda Unidade Demonstrativa de recuperação de APP, dessa vez no município de Porto Acre (colônia Santa Luzia), dando continuidade ao Programa de Recuperação e Conservação de Nascentes e Matas Ciliares do Rio Acre.
Estiveram presentes ao evento o vice-governador César Messias, o secretário de Meio Ambiente Edegard de Deus, o diretor do Instituto de Meio Ambiente do Acre, Fernando Lima, o prefeito de Porto Acre, José Maria Rodrigues, diversas autoridades, produtores e a comunidade.
A escassez de água é uma realidade. Ela se deve, em parte, às mudanças climáticas drásticas que o planeta está atravessando, mas também responde ao assoreamento dos rios, causado pelo impacto de diversas atividades humanas desprovidas de cuidados ambientais.
De acordo com o testemunho de moradores, apesar das chuvas, os poços ainda continuam secos. Fenômeno semelhante ocorreu no Estado somente durante a severa seca ocorrida em 2005. Esses fatos comprovam por si mesmos que o cuidado pela preservação das nascentes através da recuperação das matas ciliares é essencial para a garantia dos recursos hídricos disponíveis, não apenas para as gerações futuras, mas para o momento presente.
Segundo o vice-governador César Messias, a realidade é mesmo preocupante. “Nós e o governador Tião Viana estamos muito preocupados com a situação atual, vendo boa parte da vegetação que margeia do rio já degradada, levando ao aterramento, e um rio cada vez mais baixo, a pesca cada vez mais escassa e a caça, que antes era abundante e reforçava a dieta dos ribeirinhos, já não mais existente. Este é um programa excelente, porque dará vida novamente ao rio que leva o nome de nosso Estado. Aqui estamos vendo o apoio e comprometimento da população com essa causa, sem a qual nada disso seria possível.”
Para o Secretário de Meio Ambiente do Acre, Edegard de Deus, o papel da população é mesmo fundamental. “A bacia do Rio Acre é a mais degradada do Estado. O governo está dando os subsídios necessários para a implementação do Programa de Recuperação e Conservação das Nascentes e Matas ciliares, que em resumo é o resgate da própria vida deste rio, mas vamos voltar aqui nas unidades demonstrativas em um ano, para vermos essas plantas cuidadas e crescidas, graças a este comprometimento dos produtores que já observamos agora. O fator de sucesso desta iniciativa é o apoio do produtor esclarecido e ninguém sabe melhor do que ele o quanto a água é importante.”
O Estado ajuda os proprietários na implantação através de mudas de espécies nativas que agreguem potencial econômico, como o Açaí, cercas e subsídios para piscicultura. O compromisso com o desenvolvimento e cuidados com as plantas é dos produtores e proprietários. Já existem 280 produtores cadastrados ao longo da Bacia - 62 produtores somente em porto Acre - mas este número tende a crescer conforme o Programa avançar.
Área de abrangência do programa
A área de Abrangência do programa de Conservação e Recuperação de nascentes e mata ciliar da bacia do rio Acre será desenvolvido em nove municípios no estado do Acre (Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Rio Branco, Bujari, Porto Acre e Senador Guiomard),
Unidades demonstrativas de recuperação
A conscientização da importância da conservação das áreas de APP e a necessidade de recuperação destas áreas e a real constatação do desconhecimento sobre a prática de plantar florestas nativas especialmente em área ciliares criou a necessidade de implantação de Unidades Demonstrativa de recuperação de APP. Estas unidades além de servir de referência de modelo de plantio local (vitrine), servirão como pólo de distribuição das plantas para os produtores das áreas identificadas e cadastradas para o programa.
Fonte Acre Noticias
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