domingo, 4 de dezembro de 2011

O novo aumento do salário mínimo preculpa prefeitos do Acre

O governo já anunciou ao Congresso Nacional a elevação do valor do salário mínimo para R$ 622,73 a partir de 1º de janeiro de 2012. Mesmo ainda sem terem calculado o impacto que o novo salário mínimo pode causar nos cofres municipais, os prefeitos já demonstram preocupação.

Sobrevivendo somente com o Fundo de Participação de Municípios (FPM), os gestores municipais não escondem o desespero e ‘choram’ ao falar do assunto. Com as despesas regadas para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), os prefeitos consideram o novo mínimo um ‘caso sério’.

O prefeito de Jordão, Hilário Melo, diz reconhecer a necessidade do aumento do mínimo para o trabalhador, mas reclama do impacto que pode causar ao cofre municipal.

“É apertado demais porque sobrevivemos do FPM. Nós ainda estamos fechando o levantamento para saber o impacto que causará. Nesse sentido, o governo deverá nos ajudar”, comentou.

A previsão para o aumento do salário mínimo era de R$ 619,21, e com a revisão aumentou R$ 3,52. O reajuste consta da atualização dos parâmetros econômicos utilizados na proposta orçamentária de 2012. O anúncio foi enviado em ofício do Ministério do Planejamento.

O prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal, considera o aumento uma grande responsabilidade e critica a União por sempre ficar com a fatia maior dos recursos. Ele comenta ainda a dificuldade de cumprir a LRF com pouco recurso que o município recebe.

“Precisaremos nos ajustar porque a responsabilidade é muito grande. Ainda não temos o valor do impacto, mas sabemos que será alto”, disse.

O projeto orçamentário encaminhado ao Congresso, em agosto passado, foi feito com previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 5,7%. Com a atualização que elevou a inflação para 6,3%, também haverá a elevação do reajuste do salário mínimo, que era 13,62% para 14,26% em relação ao atual valor que é de R$ 545.
O prefeito de Feijó, Raimundo Ferreira, o Dindim, disse esperar terminar o último pagamento para começar os cálculos para o novo mínimo. “É pesado, mas a gente tem que pagar. Vamos nos apertar muito, mas vamos conseguir”, garantiu.

Fonte jornal a tribuna

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