Manifestantes se reuniram com
presidentes da Câmara e do Senado e entregaram carta de reivindicações contra
medidas do governo Temer que colocam em risco a proteção das florestas
O senador Jorge Viana (PT-AC)
participou nesta terça-feira (12), no Congresso Nacional, de um ato em defesa
da Amazônia. O evento reuniu artistas, parlamentares, representantes de grupos
indígenas e entidades de proteção ao meio ambiente. Os manifestantes entregaram
aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira
(PMDB-CE) um abaixo assinado com mais de 1,5 milhão de assinaturas colhidas na
campanha “Todos pela Amazônia”.
O principal objetivo do ato é o
pedido de revogação do decreto assinado pelo presidente Michel Temer que
extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), localizada entre os
estados do Amapá e do Pará. As reivindicações incluem ainda outras medidas
propostas pelo atual governo e pelo Congresso, como a flexibilização das regras
de mineração, o desmonte do licenciamento ambiental, a redução das áreas
protegidas, a liberação de agrotóxicos, a facilitação da grilagem de terras, o
desmonte da Funai e a venda de terras para estrangeiros.
“Representamos milhares de
brasileiros que uniram suas vozes para dizer que não aceitaremos a destruição
da floresta e nem os ataques aos direitos dos povos indígenas e populações
tradicionais”, destacou Viana. Entre os artistas que participaram da
manifestação no salão verde da Câmara estavam os atores Alessandra Negrini,
Luiz Fernando Guimarães, Christiane Torloni, Susana Vieira e Arlete Sales, os
cantores Maria Gadú, Tico Santa Cruz e Rappin Hood e a produtora cultural Paula
Lavigne.
No plenário do Senado, Jorge Viana
apresentou um requerimento à Mesa Diretora solicitando uma sessão de debate temático
no plenário para discutir o impacto da extinção da Renca. “A ideia é discutir
essa medida insana sobre as populações tradicionais, sobre os povos indígenas e
sobre o meio ambiente. Nesta reserva estão presentes nove áreas protegidas,
três Unidades de Conservação de Proteção Integral, quatro Unidades de
Conservação de Uso Sustentável e duas terras indígena. Com a edição desse
decreto, põe-se em risco não apenas essas unidades, mas todas as Unidades de
Conservação da Amazônia”, alertou.
Fonte: Assessoria
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