A deputada
Perpétua Almeida (PCdoB) encaminhou ofício na tarde desta quarta-feira ao
ministro Celso Amorim (Defesa), solicitando transporte aéreo até Tarauacá aos
estudantes do município de Jordão inscritos no Exame Nacional de Ensino Médio.
A cidade, detentora do pior Índice de Desenvolvimento Humano do Acre e um dos
três IDH´s mais baixos do país, foi excluída do certame pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC e responsável pelo
ENEM no país. O ofício da deputada pede que Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa
do Purus, oficialmente fora do exame, sejam atendidos também pela Força Aérea.
A logística do
governo para a aplicação de provas em Jordão só seria garantida se a cidade
conseguisse inscrever no mínimo 650 estudantes, de acordo com os critérios
definidos em edital. Estas regras, aliás, são mantidas há dois concursos
consecutivos para grandes e pequenos municípios. Segundo professores e
diretores de escola, um município com o porte de Jordão não alcançaria mais que
300 inscrições.
“As exigências são
extremamente desumanas e incoerentes com a realidade da região”, entende a
deputada, que, mais uma vez, alerta para que todos os deputados e senadores
acreanos lutem juntos num esforço político em defesa dos estudantes do interior
do estado. “Enquanto negarem, devemos insistir, mesmo que nos deem garantias de
que no próximo ano estas cidades acreanas serão inseridas no exame”, disse
Perpétua. “Este momento também exige união da bancada”.
A deputada foi
pessoalmente à sede do Inep, há duas semanas, buscar alternativas para evitar
que os estudantes fiquem sem fazer as provas. Num expediente encaminhado ontem
ao gabinete da parlamentar, o diretor de Avaliação da Educação Básica,
Alexandre André dos Santos, diz ser improvável incluir Jordão, Santa Rosa do
Purus e Marechal Thaumaturgo. O diretor do Inep sentencia: “na pior das
hipóteses, conseguiremos ter estas cidades na edição do exame em 2013”.
O secretário de
Educação do Acre, Daniel Zen, refez o pedido, oficialmente, para que o MEC
repense os critérios. Porém, a mesma resposta dada à deputada foi encaminhada
ao governo do estado.
Perpétua esclarece
que somente com o suporte da FAB seria possível garantir a segurança dos
estudantes, que no caso de Jordão serão obrigados a desembolsar, cada um, R$
600,00 em passagem aérea ida e volta até Tarauacá, o local de provas mais
próximo. Por barco, a viagem levaria até 6 dias. Situação parecida enfrentam os
estudantes que moram em Marechal Thaumaturgo. Em Santa Rosa do Purus, a
dificuldade aumenta: até Sena Madureira, a viagem dura uma semana de barco.
Fonte Blog do Accioly
Fonte Blog do Accioly
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