Sede do poder legislativo do acre- assembleia legislativa
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Acervo do Acre
Com a assinatura
do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, o Acre é anexado ao
Brasil, mas na condição de território. Na época, o Acre era o maior produtor de
borracha, exportava para os principais países industrializados, mas toda a
arrecadação dos impostos ia para os cofres federais. Diante da decisão do
governo federal de transformar o Acre em território federal, surgiram os
movimentos autonomistas, marcantes na história do Acre.
Por diversas vezes
os acreanos se revoltaram e deram início a movimentos de contestação, uns mais
radicais outros mais brandos, que pediam principalmente autonomia política para
os acreanos. A primeira fase desse movimento dura até 1920. Essa fase foi
caracterizada por revoltas, deposição violenta dos maus governantes e vítimas
fatais. O período é crítico para o Acre que passava por uma forte crise
econômica e política. Dois episódios são importantes para consolidar a primeira
etapa da luta pela autonomia política do então território.
Em 1910, em
Cruzeiro do Sul, acontece a primeira revolta autonomista contra o então
prefeito acusado de má gestão pública. Pela primeira vez a população de uma
cidade acreana se rebela contra a situação, toma o poder e durante 100 dias
governa o município com o apoio de alguns coronéis de barranco. Depois deste
período, o Exército intervém retoma a cidade em batalha que deixa feridos e
causa pelo menos uma morte.
Balsas de Borracha no Rio Acre |
A segunda fase tem
sua origem em 1934 quando da reforma constitucional. Os acreanos acreditavam
que era esta a oportunidade de ser corrigida uma injustiça histórica com a
transformação do território em Estado, mas o Acre alcança apenas o direito de
eleger dois deputados federais. “Foi um cala boca aos acreanos, mas também o momento
de organização institucional e reivindicação dos direitos políticos”, explica o
historiador Marcos Vinícius das Neves. Na ocasião, os jornais circulam fazendo
referência ao Acre como Estado. Com acesso ao Congresso Nacional, os acreanos
pareciam ter a possibilidade de reverter a situação legalmente.
Coronéis da borracha |
É justamente nas
décadas de 30 e 40 que o movimento recua e perde um pouco sua força,
pressionado pela volta de um novo ciclo da borracha. As pessoas voltavam a se
ocupar do dinheiro que começava a entrar novamente com a produção da borracha.
Fonte Blog do Kabym
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