sexta-feira, 4 de setembro de 2015

DENUNCIA: Mãe recorre à Justiça para garantir tratamento da filha recém-nascida


Um boletim de ocorrência foi registrado na tarde de quinta-feira, 03, na delegacia de polícia do município (Foto: cedida/ Fala Jordão)
A jovem Rafaela Cavalcante Melo, de 22 anos, moradora do município de Jordão, localizado no interior do Acre, está vivendo um grande dilema: a emoção de ser mãe e a angustia com o quadro clínico da filha recém-nascida, diagnosticada com uma patologia delicada.
O laudo médico aponta que a bebê de apenas 10 dias de vida apresentou icterícia, uma doença considerada comum entre os recém-nascidos, mas que precisa ser investigada com maior afinco já que pode ser sintoma de outra doença subjacente.
Procurado por nossa reportagem o médico da unidade disse que o quadro é estável, mas que os exames são essenciais para um diagnóstico preciso. “O quadro dela é estável e está respondendo bem ao tratamento. No entanto, a falta de estrutura impossibilita que façamos os exames laboratoriais aqui no município”, disse o doutor Márcio Rogério, ao justificar a solicitação de tratamento fora de domicílio (TFD).
O encaminhamento foi datado no último dia 29 e até a presente data a mãe e filha aguardam a liberação das passagens para seguirem à capital acreana, Rio Branco. Questionado sobre a demora no processo, o doutor Márcio informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) liberou o pedido, mas, que não está havendo consenso por parte da direção regional do TFD. “Todas as tentativas estão sendo frustradas. Raramente atendem nossas ligações e não nos dão uma solução”, destaca.
Fotômetro foi improvisado (Foto: cedida/ Fala Jordão)
Ainda em Jordão uma “estrutura foi improvisada” para que a pequena paciente fosse submetida ao processo de fototerapia, o popular banho de luz – técnica em que a criança é colocada num aparelho (fotômetro) com várias lâmpadas - que emite raios ultravioletas na pele.
Um boletim de ocorrência foi registrado na tarde de quinta-feira, 03, na delegacia de polícia do município. A família ingressou na justiça alegando que a criança recebe atendimento em equipamento “improvisado” na unidade de saúde e que as passagens não foram autorizadas para o tratamento fora de domicílio.
Nossa reportagem tentou entrar em contato com a gerência regional do TFD e gerência do Hospital da Família do Jordão, mas não obteve êxito.

Kezio Araújo, do Blog Fala Jordão

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