Cerca de 50 presos que cumprem pena no
presídio de segurança máxima de Senador Guiomard estão em greve de fome desde a
última sexta-feira (16).
As
causas que levaram os presos a radicalizar já haviam sido denunciadas pelo
ativista dos Direitos Humanos Jocivam Santos, no dia 16 de outubro, em matéria
publicada no site Contilnet Notícias.
Na
matéria, Jocivan Santos relatou que os presidiários realizaram 15 dias de greve
de fome em reivindicação a uma alimentação de qualidade e ventiladores nas
celas, além de reclamarem que estavam consumindo água direto das torneiras.
Outra
denúncia feita seria de que as celas estariam sem nenhum tipo de iluminação. Os
detentos reivindicavam, ainda, um aparelho de TV e um espaço de convivência.
Ainda
de acordo com Jocivan, os presos alegavam que seus familiares estavam sendo humilhados
nos dias de visitas, obrigados a expor as partes genitais durante as revistas
íntimas.
“Os
visitantes e os presos estão passando por uma verdadeira humilhação. Os
detentos têm a pele do pênis puxada e são obrigados a abrir o ânus, durante a
revista”, disse Jocivan Santos, na ocasião da denúncia.
A
equipe de reportagem tentou obter mais informações a respeito da nova greve de
fome dos presos de Senador Guiomard. Em um contato via telefone, a atendente do
Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) informou que no momento
não havia ninguém para falar a respeito do caso.
O
presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre, Adriano Marques,
falou com a reportagem por telefone e disse que recebeu uma informação sobre o
que estava ocorrendo no presídio, mas que estava em busca de mais informações.
“Tivemos
uma informação que os presos estão em greve de fome. Eu estou tentando fazer
contato com o presídio e logo que obtiver algo mais concreto, repassarei à
imprensa”, disse Marques, que prometeu também falar a respeito do incêndio
ocorrido na manhã de sábado (17), na ala feminina do presídio Francisco de
Oliveira Conde.
Fonte: Jornal a gazeta
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