“Jornal
Nacional” afirma, em reportagem, que AC ficou meses sem equipamento de
radioterapia; “no papel é tudo fabuloso”, afirma presidente de associação.
Uma reportagem do “Jornal Nacional”
veiculada na última terça-feira (26) mostrou um pouco da realidade do
tratamento do câncer no Acre. O material, que trouxe um panorama do tratamento
da doença no Brasil, mostra que o Acre apresentou deslizes, no ano de 2015, com
relação à aquisição e manutenção de equipamentos e medicações, conforme
recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Dentre os
principais problemas enfrentados no País, no que diz respeito ao cumprimento
das normas, está as medicações e a manutenção de equipamentos. A reportagem
destaca que no Acre, por exemplo, o único equipamento de radioterapia ficou
quebrado por sete meses. O que a produção do “Jornal Nacional” não sabe é que
foram necessários, pelo menos, nove meses para que o equipamento fosse
consertado.
Em outros Estados,
a situação também preocupa. No Amapá, equipamento de radioterapia não existe.
Falta também em Roraima. O Nordeste só tem 30% da cobertura de radioterapia
recomendada pela OMS.
A radiografia é
fundamental para tratar cerca de 60% dos casos de câncer, de acordo com a
Sociedade Brasileira de Radioterapia. Em 2012, o Ministério da Saúde anunciou a
compra de 80 aparelhos. O presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia,
Eduardo Weltman, afirma que, na realidade, não é bem assim.
“A hora que você vê
no papel e como foi concebido é fabuloso”, afirma e dispara: para sair do
papel, o programa de expansão da radioterapia precisaria de coordenação, do
empenho de governos e hospitais.
“Tem vários colegas
meus que trabalham pro SUS, que trabalham em santas casas, hospitais
beneficentes, onde os aparelhos deles estão se sucateando porque não tem como
pagar as peças.”
Fonte:Contilnet.com