quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Reportagem do Jornal Nacional afirma que Acre está longe do ideal para tratamento do câncer.


“Jornal Nacional” afirma, em reportagem, que AC ficou meses sem equipamento de radioterapia; “no papel é tudo fabuloso”, afirma presidente de associação.

Uma reportagem do “Jornal Nacional” veiculada na última terça-feira (26) mostrou um pouco da realidade do tratamento do câncer no Acre. O material, que trouxe um panorama do tratamento da doença no Brasil, mostra que o Acre apresentou deslizes, no ano de 2015, com relação à aquisição e manutenção de equipamentos e medicações, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Dentre os principais problemas enfrentados no País, no que diz respeito ao cumprimento das normas, está as medicações e a manutenção de equipamentos. A reportagem destaca que no Acre, por exemplo, o único equipamento de radioterapia ficou quebrado por sete meses. O que a produção do “Jornal Nacional” não sabe é que foram necessários, pelo menos, nove meses para que o equipamento fosse consertado.
Em outros Estados, a situação também preocupa. No Amapá, equipamento de radioterapia não existe. Falta também em Roraima. O Nordeste só tem 30% da cobertura de radioterapia recomendada pela OMS.

A radiografia é fundamental para tratar cerca de 60% dos casos de câncer, de acordo com a Sociedade Brasileira de Radioterapia. Em 2012, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 80 aparelhos. O presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia, Eduardo Weltman, afirma que, na realidade, não é bem assim.

“A hora que você vê no papel e como foi concebido é fabuloso”, afirma e dispara: para sair do papel, o programa de expansão da radioterapia precisaria de coordenação, do empenho de governos e hospitais.
“Tem vários colegas meus que trabalham pro SUS, que trabalham em santas casas, hospitais beneficentes, onde os aparelhos deles estão se sucateando porque não tem como pagar as peças.”


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