quinta-feira, 23 de abril de 2015

No AC, terceirizados alegam que salários estão atrasados há 3 meses.

Mais de 200 pessoas que atuam como serventes, merendeiras e vigias em escolas da rede estadual em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, paralisaram suas atividades em protesto contra o atraso, segundo eles de três meses, no pagamento de seus salários. Liderados pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac) e representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), percorreram as ruas do Centro da cidade e foram a até o escritório da empresa MM Ativa, responsável pelos contratos, para cobrar uma solução.

O representante da CUT na cidade, João Sandim, lembrou aos manifestantes que é esse o modelo de mão de obra que está sendo votado no Congresso Nacional. Se referindo a PEC 4330, que prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização.

“O reflexo dessa medida que estão querendo aprovar em Brasília está aqui. Pais e mães sem receber salário, enquanto secretários e cargos de confiança não atrasam. Os trabalhadores são tratados dessa forma. Estamos na rua para dar um basta. Somos contra a terceirização dos serviços públicos. É preciso garantir e respeitar os direitos constitucionais do trabalhador”, enfatiza.

O representante da empresa em Cruzeiro do Sul, que se identificou apenas por Alexandre, não quis se manifestar a respeito do assunto. No entanto, recebeu uma comissão composta por sindicalistas e servidores onde se comprometeu em solucionar o problema até o dia 24 deste mês. O G1 tentou acompanhar a reunião, mas foi impedido por Alexandre.

Após a reunião, Valdenízio Leitão, presidente do Sinteac, disse que a empresa reconheceu o atraso justificando que havia um problema de uma certidão junto a Receita Federal, mas que o problema será resolvido nas próximas horas.

Segundo o sindicalista, caso a empresa não cumpra o acordado, a categoria entrará em greve por tempo indeterminado. “Expliquei ao gerente da empresa que paramos por um dia em advertência, mas que os servidores vão retornar ao trabalho e se o pagamento não for efetivado, vamos parar por tempo indeterminado”, garante.


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