O Tribunal Regional Eleitoral do
Acre (TRE-AC) montou um esquema, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB),
para garantir o transporte de urnas eletrônicas a pelo menos 101 comunidades
isoladas do estado, 12 delas na fronteira com o Peru, entre aldeias indígenas,
seringais e reservas florestais. Para chegar a estas localidades, as urnas
eletrônicas estão sendo transportadas, desde o dia 30 de setembro, por
helicópteros, barcos e caminhonetes traçadas. O transporte deve ser concluído
até este sábado (4), véspera de eleições.
Dos 22 municípios acreanos, 11
possuem comunidades isoladas, que contam com mais de 5 mil eleitores. Ao todo
estão envolvidas nesta força-tarefa 624 pessoas entre mesários, policiais
militares, além de 18 oficiais da FAB que vieram do Amazonas.
Dessas 101 áreas, em 77 a
transmissão do resultado das eleições para os computadores da Justiça Eleitoral
só ocorre via satélite. Em 42 locais, o acesso se dá apenas por helicópteros,
enquanto as demais são acessíveis por barcos e caminhonetes traçadas. Para
transmitir os dados nessas localidades isoladas, o TRE utiliza antenas de
transmissão e notebooks, que são manuseados pelo próprio mesário.
Segundo o presidente do TRE-AC, desembargador
Adair Longuini, nesses locais de difícil acesso são transportadas duas urnas
para cada seção, a que será utilizada e uma reserva, para garantir que o pleito
ocorra sem imprevistos.
"O Acre é o que mais tem seções
distantes. Nós corremos risco tanto no caso das seções que têm acesso de
helicóptero, como de barco. O helicóptero não voa à noite e também depende do
tempo, a embarcação tem a questão da demora, então, têm alguns riscos de atraso
no resultado", explicou.
Em Assis Brasil, município acreano que faz
fronteira com o Peru, são seis comunidades isoladas, todas só possuem acesso
por helicóptero. O município de Brasiléia, que faz fronteira com a
Bolívia, possui apenas uma reserva distante, com acesso de caminhonete 4X4.
Em Bujari, são três comunidades com acesso de
barco. Já em Cruzeiro do Sul, são seis locais, sendo
uma com acesso somente de helicóptero, quatro de barco e uma com caminhonete.
No município de Feijó, são nove comunidades, sendo oito
por helicóptero e uma com caminhonete. Em Jordão, são três comunidades com acesso só
por helicóptero. Em Mâncio Lima, cinco locais distantes, sendo
o acesso todos de barco. Em Manoel Urbano são dois locais, um por barco e o
outro por helicóptero.
No município de Marechal Thaumaturgo, são 12 localidades,
sendo seis somente de barco e seis de helicóptero. Em Porto Walter são nove
comunidades, sendo cinco com acesso de helicóptero e quatro de barco. Na
capital, Rio Branco, há dois locais com acesso
somente por barco. EmRodrigues Alves são quatro locais, dois com acesso de
caminhonete e dois por barco. Em Santa Rosa do Purus são três locais com acesso por
helicóptero.
Sena Madureira tem quatro regiões
distantes, sendo uma por caminhonete e três de helicóptero.Tarauacá tem
seis comunidades, sendo todas por helicóptero. Por fim, em Xapuri são
duas reservas, todas com acesso por caminhonete.
G1.com
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