O juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio, determinou o bloqueio de até R$ 237,3 milhões em bens de Cristiano Zanin e de seu escritório de advocacia com Roberto Teixeira.
A medida
foi determinada no início do mês no âmbito da Operação E$quema S, que investiga
desvios de ao menos R$ 151 milhões da Fecomércio do Rio para bancas de
advocacia que, segundo as investigações, vendiam a Orlando Diniz
influência junto ao STJ e ao TCU.
O objetivo é ressarcir não só a Fecomércio, mas também o Sesc e o Senac do Rio, que eram controlados por Diniz e de onde a maior parte dos recursos saíram, segundo as investigações da Lava Jato do Rio, no Ministério Público Federal.
O valor cobrado de Zanin servirá, segundo a
decisão de Bretas, não só para reparar os cofres das entidades, mas também como
indenização por danos morais.
“Nada mais coerente que designar o montante da reparação tomando por base os valores, em tese, recebidos por cada advogado (escritório) nas supostas contratações irregulares efetivas pela Fecomércio, bem como aqueles repassados indevidamente a sujeitos responsáveis, em tese, por influenciar em julgamentos no STJ e TCU”, escreveu Bretas na decisão, cujo sigilo foi retirado hoje.
O juiz também mandou bloquear mais R$ 546,8 milhões de outros 22 advogados que também teriam se beneficiado do esquema. Depois de Zanin, o maior valor bloqueado é de Eduardo Martins, filho do presidente do STJ, Humberto Martins: R$ 171,3 milhões.
Adriana
Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral, teve R$ 70,8 milhões bloqueados.
Abaixo, a lista dos valores bloqueados de cada advogado, de suas empresas e bancas de advocacia (leia aqui a íntegra da decisão):
Fonte: O antagonista
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