Depois
de horas esperando a chuva intensa dar uma trégua, os nove vereadores de Jordão
resolveram dar inicio a sessão ordinária de hoje terça-feira na sala das
sessões Dr. Ulisses Guimarães na câmara municipal da cidade.
Ao
encontrar um lugar onde os pingos d’águas das goteiras do teto não atingissem
os parlamentares, começaram a sessão que tinha como uma das pautas a aprovação
do Orçamento de 2015 do executivo municipal que ficou fixado uma previsão em 25
milhões de reais. Outra matéria a ser votada e apresentada pelo Vereador
Rosaldo Saraiva do PT era concernente ao aumento do preço da carne bovina, suína
e peixes de ambas as espécies.
Durante
8 anos o preço da carne ficou estagnado em R$ 5,00 . No fim do ano de 2011 a câmara
Municipal aprovou um aumento de R$ 1,00, ou seja R$ 6,00 ou 20%, levando em
conta a baixa condição financeiras de muitas famílias que sobrevivem apenas de um beneficio como Bolsa Família ou às
vezes bem menos. A nova proposta do Vereador Rosaldo elevaria para R$ 8,00 em
apenas 2 anos o que corresponde em 33% em cima do valor hoje, o que levou
algumas pessoas presentes a reclamar do valor do aumento.
Ao
ser colocado em votação os vereadores Francisco Sereno e Manoel dos Santos (Vavá)
votaram favoráveis, o vereador Guedes Oliveira votou contra e o Vereador José
Cariolando pediu para estudo e o projeto ficou para ser apresentando numa próxima
sessão.
Embora
o valor não seja tão alto o que deixou algumas pessoas revoltadas foi a forma como
isso vem sendo tratado pela casa. Na opinião de muitos o aumento deveria ser um
valor fixo todos os anos e não dessa forma. Já os vereadores ruralistas
disseram que quem sai perdendo é o povo que acaba comprando carne mais cara nos
açougues particulares porque com o preço baixo ninguém quer vender seu animal
no mercado municipal.
Neste
caso um dos motivos da falta de carne no mercado municipal foi a venda de
animais para outras cidades através de atravessadores, segundo reclamações das
pessoas, outro motivo é a forma como o próprio mercado manuseia a carne dos
clientes.
Meses
atrás as pessoas dormiam na porta do mercado na tentativa de conseguir uma vaga
na concorrida lista para vender um animal. Depois começou uma máfia onde
pessoas que moram em Rio Branco conseguiam tirar feira se na verdade não tinha
e nem tem um pinto se quer no quintal. Alguns criadores mais influentes pagavam
pessoas para irem pra fila dizer que tinham bois, quando na verdade era apenas
mais uma forma de tirar a oportunidade daqueles que mais precisavam, alem de
outras malandragens que existiam.
Quero
deixar claro que sou de acordo com o aumento da carne, mais que seja de maneira
gradativa e planejada com a população e não só com os criadores.
Por João Bráz
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