Levantamento foi realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em 2013, foram 195 vítimas de homicídio e 345 casos de estupros.
Em 2013, foram 195 vítimas de homicídio e 345 casos de estupros.
O
número de estupros registrados no Acre em 2013 superou o de homicídios dolosos
(quando há a intenção de matar). É o que mostra a 8ª edição do Anuário
Brasileiro de Segurança Pública divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública esta semana. Enquanto em todo o estado foram registradas 195 vítimas de
homicídios, os casos de estupro chegaram a 345, ou seja, praticamente um
estupro por dia.
A
pesquisa ressalta que apenas 35% das vítimas de estupro costumam ir à polícia,
o que significa que os números devem ser ainda maiores. Apesar da situação
preocupante, o número de casos diminuiu no Acre. Em 2012, foram 396 casos
registrados de estupro, o que corresponde a uma taxa de 52,2 estupros por grupo
de 100 mil habitantes. O número caiu em 2013 para 345 casos, ou seja, 44,3
estupros para cada 100 mil habitantes.
Já
os dados de tentativa de estupro foram de 50 casos registrados em 2012 para 47
casos em 2013, em Rio Branco. Isso
fez com que a taxa para cada 100 mil habitantes diminuísse de 6,6 casos para 6
nos dois anos pesquisados.
Apesar
do número de vítimas de homicídio doloso ser menor que o de estupros, os casos
aumentaram, passando de 177 vítimas em 2012 para 195 vítimas em 2013. Com
isso, a taxa subiu de 23,3 para 25 casos para cada 100 mil habitantes. O número
de ocorrências policiais de homicídios dolosos passou de 174 casos em 2012 para
192 em 2013. A taxa subiu de 22,9 para 24,6 por cada 100 mil habitantes, tendo
uma variação de 7,4%.
A
coordenadora de Direitos Humanos da Secretaria de Políticas para as Mulheres,
Joelda Paes, diz que os números de estupros são elevados para a população do
estado. "Isso só comprova o trabalho educativo que ainda temos que
realizar para mudar essa realidade. Porque o estupro é a prova cabal na questão
do machismo, no tratamento das mulheres como coisas e na violação do direito
das mulheres como donas do próprio corpo. As mulheres têm tanto medo do estupro
que elas não saem sozinhas de casa de madrugada, isso interfere no próprio
direito de ir e vir dessas pessoas", afirma.
A
especialista ressalta que as mulheres que sofreram o estupro devem procurar em
72 horas o Maternidade e Clínica de Mulher Bárbara Heliodora ou qualquer
unidade de saúde. "Ela pode tomar a pílula do dia seguinte e as vacinas
que vão impedir que a mulher tenha alguma doença, e depois denunciar, para
impedir que haja a impunidade", alerta Joelda.
Crimes
letais intencionais
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