sábado, 12 de janeiro de 2013

Brasil- Índios lutam contra desapropriação e demolição de antigo museu no Rio.


Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar cercavam o antigo Museu do Índio, no Maracanã, Zona Norte do Rio, na manhã deste sábado (12). O grupo indígena que fica no local será removido para as obras de modernização do estádio.

Segundo o líder dos índios, José Urutao Guajajara, caso a polícia invada o local para retirar o grupo, eles vão atacar com arco e flecha. “O governo quer fazer qualquer coisa aqui, um shopping, um estacionamento, menos deixar para os índios. A gente não quer guerra, mas, caso a gente precise, vamos guerrear”, destacou Guajajara.

O defensor público federal Daniel Macedo, que está no local, afirmou que se não for expedido um mandado judicial para a PM entrar no museu, eles não podem invadir. “Sem esse ofício a Polícia Militar está determinantemente proibida de invadir. Esse documento pode chegar a qualquer momento, mas, até isso acontecer, as coisas têm que permanecer do jeito que estão”, afirmou Macedo.

O defensor também questiona o argumento do governo sobre o imóvel atrapalhar a mobilidade urbana para a Copa. "Isso não é verdade. Este imóvel nunca atrapalhou a cidade do Rio de Janeiro. A situação atual é que a PM não pode adentrar o prédio. Temos que entender que, para o índio, ter um pedaço de terra é essencial. Na ótica deles, este prédio está em bom estado”.

Por volta das 12h, o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do RJ (Emop), Ícaro Moreno Junior, responsável pelas obras no Maracanã, chegou ao local para tentar conversar com os indígenas. Houve princípio de tumulto e ìcaro precisou ser escoltado para o interior do estádio. No local, ele se reuniu com o cacique Carlos Tucano.

O deputado estadual Marcelo Freixo também chegou ao museu por volta das 13h. "Este prédio tem um valor histórico para o Rio de Janeiro. Se a decisão judicial chegar, vamos ter que ter muito diálogo para que não saiam famílias feridas do local", disse Freixo.

G1.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário