O novo presidente do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) será o
veterinário Adalberto Eberhard, conhecido pelo seu trabalho na conservação do
Pantanal Matogrossense. Esta notícia derruba o boato anterior, de que o ICMBio
seria fundido com o Ibama. O novo ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, apresentou o nome do veterinário em reunião nesta quarta-feira (19) ao
presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ainda não se sabe o nome de quem presidirá o
Ibama.
No Ministério do Meio
Ambiente, já se sabe que a Secretaria de Biodiversidade será comandada pelo
ambientalista José Truda Palazzo Junior, que atualmente era coordenador de
Desenvolvimento Institucional do Projeto Baleia Jubarte. Truda foi fundador do
Projeto Baleia Franca e é colunista de ((o))eco. Sua última
coluna, publicada
em março, versava sobre a criação de Unidades de Conservação marinhas nos
arquipélagos de Pedro e São Paulo e de Trindade e Martim Vaz, criadas pelo
governo Temer.
Um conservacionista no
ICMBio
Adalberto foi fundador e
presidente da ONG Ecotrópica, responsável por gerir 54 mil hectares de três
reservas particulares – as do Acurizal, do Dorochê e da Penha, – no Pantanal
Matogrossense, quase na fronteira com a Bolívia, na Serra do Amolar.
Também ocupou o cargo de
diretor do Departamento de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio
Ambiente durante o governo Dilma Rousseff, mas foi exonerado após o
impeachment. Em 2007, o fundador de ((o))eco, Marcos Sá Corrêa, escreveu
um perfil sobre o ambientalista.
A primeira notícia sobre a
indicação de Eberhard saiu na revista Crusoe.
A reportagem de ((o))eco citou a matéria para uma fonte no ministério do Meio
Ambiente, perguntando se a notícia já estava circulando por Brasília. O
servidor do segundo escalão foi pego de surpresa e disse que parecia para ele
impossível: a escolha de Adalberto Eberhard era boa demais para "esse
governo".
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