Os amigos do Temer |
Elas vão depor no
processo do chamado 'quadrilhão do MDB'. Depoentes são, na maioria, delatores
delatores da Lava Jato. Ministério Público quer que eles detalhem suposto
esquema de propinas.
O Juiz da 12ª
Vara da Justiça Federal em Brasília , Marcus Vinicius Reis, autorizou os
depoimentos de 42 pessoas no processo em que amigos do presidente Michel Temer
se tornaram réus acusados de integrar uma organização
criminosa.
O juiz atendeu a
pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal. Do total de 42
testemunhas, a maioria é de delatores – 36 são colaboradores da Lava Jato – que
serão ouvidos no processo do chamado "quadrilhão do MDB".
Entre os réus
dessa ação penal, estão os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves e os
amigos do presidente Michel Temer João Batista Lima Filho, ex-coronel
da Polícia Militar de São Paulo; o advogado José Yunes, ex-assessor de Temer; e
o ex-deputado e ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures.
Entre as
testemunhas a serem ouvidas no processo estão o ex-ministro Antônio Palocci , o
empresário Marcelo Odebrecht, do grupo Odebrecht; Ricardo Pessoa, da
empreiteira UTC; o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró ; o operador Fernando
Baiano; o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o ex-senador Delcidio do
Amaral.
O Ministério
Público diz que Yunes e Lima serviam de emissários e arrecadadores de propina
para o partido e para Temer. De acordo com o MP há suspeita de que Loures fosse
emissário de Temer na Caixa Econômica Federal em um suposto esquema de desvios.
Todos negam as acusações. O MP pediu as prisões dos investigados sob o
argumento de que havia risco de cometerem crimes, mas o juiz
Marcus Vinicius Reis negou o pedido.
Os amigos do
presidente, Yunes , Lima e Loures já foram presos em outras investigações.
Yunes e Lima cumpriram prisão temporaria na Operação
Skala, no início do mês, que investiga empresários do setor de portos e as
relações deles com amigos do presidente em troca de supostos benefícios . A
pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro Luís Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal Federal, os soltou antes do fim do prazo inicial
da prisão temporária.
Loures foi preso
a partir da delação da JBS, em junho do ano passado, por causa da mala
com R$ 500 mil que teria recebido de Ricardo Saud, delator e
ex-diretor do grupo J&F. Menos de um mês depois ele conseguiu liberdade com
restrições, por decisão do ministro Edson Fachin, do STF.
Fonte:G1.com
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